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Estrela de Belém: ciência tenta explicar o mistério que guiou os reis magos até Jesus

Cientista da Nasa propõe que fenômeno descrito na Bíblia pode ter sido um cometa vindo das regiões mais distantes do Sistema Solar.  |  Foto: Canva

Publicado em 17/12/2025, às 21h27   Foto: Canva   Érica Sena

O enigma da Estrela de Belém, descrita no Evangelho de Mateus como o sinal celeste que guiou os Três Reis Magos até o local de nascimento de Jesus, voltou ao centro do debate científico.

Um novo estudo sugere que o fenômeno não teria sido uma estrela propriamente dita, mas um cometa com características incomuns, como citado pelo site do UOL.

Segundo o texto bíblico, o astro visto no Oriente conduziu os Magos até Belém e “parou” exatamente sobre o lugar onde estava o recém-nascido. A passagem, além de ter forte simbolismo religioso, levanta questionamentos sobre como um corpo celeste poderia indicar uma localização específica na Terra.

Tentativas científicas de explicação

A hipótese mais difundida aponta para uma conjunção planetária, especialmente entre Júpiter e Saturno, fenômeno que teria ocorrido por volta do período estimado do nascimento de Jesus.

Outro elemento histórico que alimentou o debate surgiu no século XIV, quando o pintor italiano Giotto di Bondone representou a Estrela de Belém como um cometa em seu afresco A Adoração dos Magos, inspirado pela passagem do cometa Halley em 1301.

A nova hipótese da Nasa

Agora, Mark Matney, cientista planetário da Nasa, propõe que a estrela bíblica possa ter sido um cometa originário da Nuvem de Oort, região localizada nos limites do Sistema Solar. Em artigo publicado no Journal of the British Astronomical Association, o pesquisador cita registros chineses que descrevem a observação de um cometa em 5 a.C.

Segundo Matney, caso esse objeto tivesse passado muito próximo da Terra, seu movimento poderia ter coincidido temporariamente com a rotação do planeta, criando a impressão de imobilidade sobre um ponto específico por algumas horas.

Questionamentos e limites da teoria

Apesar do interesse gerado, a hipótese enfrenta críticas. Registros históricos indicam que o cometa permaneceu visível na mesma constelação por cerca de 70 dias, algo difícil de conciliar com o comportamento esperado desse tipo de corpo celeste. Especialistas alertam ainda para a imprecisão de documentos antigos.

O próprio Matney reconhece as limitações do estudo, mas avalia que a pesquisa contribui para reabrir a discussão científica sobre a origem da Estrela de Belém, um dos maiores mistérios entre fé, história e astronomia.

Classificação Indicativa: Livre


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