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Publicado em 23/10/2025, às 20h34 Foto: Divulgação/Netflix Marcela Guimarães
Nova minissérie da Netflix, “O Monstro de Florença” já está disponível e revive um dos casos de true crime mais aterrorizantes da Itália.
Em quatro episódios, a produção retrata as investigações em cima de um assassino em série que assombrou casais na região de Florença entre as décadas de 1960 e 1980. A identidade do criminoso, enfim, ainda é incerta.
Entre 1968 e 1985, oito duplos assassinatos foram registrados nos arredores da cidade. As vítimas eram, na maioria, casais jovens atacados enquanto buscavam privacidade em seus carros no período da noite.
Os crimes seguiam um padrão brutal. Os homens morriam primeiro, enquanto as mulheres eram mutiladas com crueldade.
Logo no início das investigações, a polícia percebeu que todos os ataques tinham sido cometidos com a mesma arma, uma pistola Beretta calibre .22, com cartuchos da série H. Assim nasceu “Il Mostro di Firenze”, ou seja, o Monstro de Florença.
Muito mais do que um relato policial, “O Monstro de Florença” também fala sobre o impacto duradouro dos crimes italianos.
Mesmo após meio século, o enigma continua. Nenhum culpado foi oficialmente identificado e novas análises de DNA ainda tentam desvendar o mistério.
O último episódio foca na figura de Pietro Pacciani, principal suspeito apontado pela imprensa. A série retrata como ele se torna alvo de uma perseguição pública, símbolo de um país em busca de um culpado.
O julgamento é retratado como um espetáculo, já que surgem inconsistências nas provas e suspeitas de manipulação nas investigações.
Nas últimas cenas, a fronteira entre ficção e realidade acaba. Imagens de arquivo jornalístico se misturam ao drama do tribunal, dando a sensação de que a verdade fugiu de todos.
Em seguida, anos depois, um novo investigador lança a pergunta que ecoa por toda a minissérie: “E se estivermos procurando no lugar errado o tempo todo?”.
O fim de “O Monstro de Florença” é propositalmente inconclusivo. A Netflix não entrega respostas ou culpados, apenas o silêncio. O assassino talvez não seja uma pessoa, mas o próprio medo, a paranoia constante e a ânsia por explicações.
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