Entretenimento
por Marcela Guimarães
Publicado em 23/10/2025, às 16h52
Nova minissérie da Netflix, “O Monstro de Florença” já está disponível e revive um dos casos de true crime mais sombrios da Itália.
Em quatro episódios, a produção retrata as investigações em cima de um serial killer que aterrorizou casais na região de Florença entre as décadas de 1960 e 1980. A identidade do criminoso, enfim, ainda é cercada de dúvidas.
Entre 1968 e 1985, oito duplos assassinatos foram registrados nos arredores da cidade. As vítimas eram, na maioria, casais jovens atacados enquanto buscavam privacidade em seus carros no período da noite.
Os crimes seguiam um padrão brutal. Os homens morriam primeiro, enquanto as mulheres eram mutiladas com crueldade.
Logo no início das investigações, a polícia percebeu que todos os ataques tinham sido cometidos com a mesma arma, uma pistola Beretta calibre .22, com cartuchos da série H. Assim nasceu “Il Mostro di Firenze”, ou seja, o Monstro de Florença.
Ao longo dos anos, diferentes homens foram acusados de serem o verdadeiro assassino, entre eles Stefano Mele, condenado por um duplo homicídio em 1968 que depois seria associado aos crimes em questão.
Outros nomes, como os irmãos Vinci e Giovanni Mele, também estiveram envolvidos nas investigações, que revelaram diversas acusações, contradições e falhas policiais.
A série, dirigida por Stefano Sollima e criada em parceria com Leonardo Fasoli, apresenta quatro desses suspeitos, dedicando um episódio a cada um.
O objetivo da produção gira em torno de descobrir quem seria o assassino em série e mostrar como a investigação e o sistema judiciário italiano acabaram destruindo reputações sem solucionar o caso.
Muito mais do que um relato policial, “O Monstro de Florença” também fala sobre o impacto duradouro dos crimes italianos.
Segundo apuração do portal Rolling Stone Brasil, o país foi tomado por teorias sobre seitas satânicas, sociedades secretas e rituais macabros durante décadas, tudo por conta de uma imprensa tendenciosa.
Mesmo após meio século, o enigma continua. Nenhum culpado foi oficialmente identificado e novas análises de DNA ainda tentam desvendar o mistério.
Para o diretor, é justamente essa incerteza que mantém a história viva. “Não sei se o ‘Monstro’ foi capturado ou se os investigadores chegaram perto dele, mas não sabiam. O importante é narrar todas as versões”, afirmou Stefano Sollima.
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