OpenAI confirma “modo adulto” do ChatGPT para 2026 e reforça controle de acesso

A OpenAI confirmou que vai lançar o chamado “modo adulto” do ChatGPT no primeiro trimestre de 2026. A novidade fará parte da evolução do modelo GPT-5.2 e busca atender a usuários que pedem menos restrições na forma de interação com a inteligência artificial, sem abrir mão de mecanismos de proteção para menores de idade.

Segundo a empresa, o recurso será limitado a usuários adultos e dependerá de sistemas de verificação de idade, atualmente em fase de testes, como citado pelo site OlharDigital.

A proposta surge em meio à corrida global por modelos de IA mais sofisticados e após críticas de que versões recentes do ChatGPT teriam se tornado excessivamente limitadas em termos de personalidade e respostas.

O que muda com o GPT-5.2

De acordo com a OpenAI, o GPT-5.2 manterá alto desempenho técnico, mas trará ajustes comportamentais que permitam interações mais flexíveis para adultos. Fidji Simo, CEO de Aplicações da empresa, afirmou que a estratégia busca equilibrar inovação e segurança, oferecendo experiências distintas conforme o perfil do usuário.

A ideia do “modo adulto” ganhou força após declarações do CEO Sam Altman, que reconheceu a insatisfação de parte do público com restrições impostas em versões anteriores do modelo. Para a OpenAI, o novo recurso não significa ausência de regras, mas sim um ambiente menos engessado para usuários maiores de idade.

Origem das restrições atuais

As limitações mais rígidas do ChatGPT foram intensificadas após um processo judicial envolvendo a morte de um adolescente de 16 anos nos Estados Unidos, que havia buscado instruções sensíveis no chatbot. Desde então, a empresa ampliou controles parentais e passou a segmentar experiências por faixa etária.

Debate sobre vínculos emocionais com IA

Apesar do nome, o “modo adulto” não se limita a conteúdo erótico. A proposta envolve permitir maior personalização e desenvolvimento de personalidade do chatbot. Especialistas alertam, porém, para os riscos de vínculos emocionais intensos com inteligências artificiais.

Estudos recentes associam esse tipo de relação a níveis mais altos de sofrimento psicológico, especialmente entre pessoas socialmente isoladas. A própria OpenAI reconhece o desafio de avançar tecnologicamente sem ampliar riscos à saúde mental, colocando o tema no centro do debate sobre o futuro da IA.

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