Entretenimento

"Tremembé": conheça história do livro censurado sobre a 'prisão dos famosos'

Livro censurado pela Justiça de SP, com relatos sobre presos midiáticos, volta aos holofotes após ser citado na série “Tremembé", da Prime Video  |  Foto: Divulgação/Prime Video.

Publicado em 04/11/2025, às 10h30   Foto: Divulgação/Prime Video.   Bianca Novais

O lançamento da série “Tremembé”, na Prime Video, reacendeu o interesse do público por uma obra envolta em polêmicas e decisões judiciais: “Diário de Tremembé - O Presídio dos Famosos”, escrito pelo ex-prefeito e jornalista Acir Filló.

O livro, publicado em 2018, foi proibido de circular por determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) desde 2019 e continua censurado, mesmo após a defesa de Filló recorrer da decisão, em 2020, segundo o Estadão.

Todos os episódios de "Tremembé" estão disponíveis na Prime Video. Foto: Divulgação/Prime Video.

Qual é a história do livro proibido sobre Tremembé?

De acordo com o Metrópoles, a obra narra as experiências de autor durante o período em que esteve preso no Centro de Detenção Provisória IIIdePinheiros e na P2 de Tremembé, unidade conhecida como “presídio dos famosos”, cumprindo pena por corrupção.

No livro, o ex-prefeito de Ferraz de Vasconcelos relata conversas com detentos como Alexandre Nardoni, Cristian Cravinhos, Gil Rugai, Lindemberg Alves, Mizael Bispo e Roger Abdelmassih, nomes marcados por crimes de grande repercussão midiática no país.

Por que o livro sobre Tremembé foi censurado?

Segundo a juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, no texto da decisão que proibiu a venda do livro, o conteúdo não teria caráter jornalístico ou biográfico, mas sim “bisbilhotice” e “mexerico”, com “flagrantes distorções da verdade”.

Ela considerou que a obra violava a privacidade de outros presos e poderia gerar instabilidade no ambiente prisional. O diretor da penitenciária relatou, à época, que o livro causava “comoção entre os detentos”.

A defesa de Filló contestou a decisão e argumentou que a proibição é um ato de censura.

A advogada Lygia Frazão afirma que o livro não fere direitos de terceiros e cita o precedente do Supremo Tribunal Federal, que liberou a publicação de uma biografia sobre Suzane von Richthofen, também ex-detenta de Tremembé.

Entre os trechos mais controversos, Filló menciona supostas confissões, como a afirmação de que Roger Abdelmassih teria simulado problemas de saúde para conseguir prisão domiciliar, que, depois, motivou investigação judicial.

Classificação Indicativa: Livre


TagsPrime videoLivroTremembéTrue crimecensura

Leia também


Cristian Cravinhos ataca “Tremembé” após cenas polêmicas na série; confira


“Tremembé”: atriz revela pacto misterioso feito nos bastidores da série