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Publicado em 16/05/2025, às 14h27 Foto: Rafael Ribeiro/CBF via Fotos Públicas Marcela Guimarães
A crise na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) piora após o afastamento de Ednaldo Rodrigues da presidência. A decisão do desembargador Gabriel Zéfiro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), faz com que saia o então presidente para entrar o vice, Fernando Sarney.
Na decisão, Zéfiro determinou que Sarney, como interventor, organize uma nova eleição “o mais rápido possível, obedecendo-se os prazos estatutários”.
Conforme estabelece o estatuto da CBF, essa responsabilidade recai sobre o vice-presidente mais velho, que deve convocar uma Assembleia Geral Eleitoral no prazo máximo de 60 dias após assumir o cargo interinamente; se o presidente ou os vices forem destituídos, o regulamento da entidade determina que o diretor mais idoso fique com a função.
Ednaldo, por sua vez, já apresentou recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando que o ministro Gilmar Mendes, relator do caso, suspenda a decisão de Zéfiro. A defesa alega que a medida contraria um posicionamento anterior do próprio ministro, que em janeiro de 2024 havia restaurado o mandato da diretoria eleita em 2022 e afastada pelo TJ-RJ.
Ele também pede que, caso a recondução não seja aceita, ao menos se reconheça como inválida a nomeação de Sarney. Foi argumentado que, conforme o estatuto, a interinidade caberia ao diretor mais velho, e não a um vice. Nesse caso, quem deveria assumir seria Hélio Menezes, o responsável pela pasta de Governança e Conformidade.
O processo já está sob análise de Gilmar Mendes e a decisão pode sair a qualquer momento. É esperado um desfecho favorável dos dois lados.
Sarney já assinou o termo de posse e confirmou a realização de um novo processo eleitoral em caráter emergencial para escolher o presidente que comandará a CBF entre 2025 a 2029; até o momento, ele não deu detalhes sobre formato ou data.
Sarney também declarou que, como interventor, limitará sua atuação às ações administrativas e legais necessárias para cumprir a ordem judicial. Ele garante que as operações esportivas e os contratos em vigor continuarão preservados.
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