Farinha Lima
Publicado em 05/11/2025, às 07h00 Foto: Imagem feita por IA Farinha Lima
A Prefeitura de São Paulo decidiu seguir o rastro dos R$ 62 milhões que o Jockey Club arrecadou com a venda do direito de construir e que, teoricamente, deveriam ter virado restauração, não almoço com vinho nem aluguel no Itaim Bibi.
A auditoria foi aberta após o clube, atolado em dívidas e em recuperação judicial, mandar notas fiscais que mais parecem roteiro de comédia de erros contábeis. A confusão ainda respinga na política: o Jockey virou alvo de uma CPI na Câmara, depois que advogados da entidade chamaram o ex-presidente da Casa, Milton Leite, de “antropoide desvairado”.
Agora, além de explicar onde foram parar os milhões, o clube também precisa lidar com acusações de racismo e com a nada glamourosa imagem de quem perdeu o controle das rédeas.
Um ano depois de trocar socos e manchetes durante a eleição paulistana, o produtor de vídeos Nahuel Medina resolveu trocar alianças. O mesmo homem que deu um murro no marqueteiro de Ricardo Nunes, Duda Lima, agora ensina gestão de imagem pessoal na “Marshall Academy”, parceria com o ex-patrão e atual celebrante de casamentos Pablo Marçal.
A união com Luiza Nalevaiko foi divulgada nas redes, mostrando que a reabilitação pública pode vir em forma de bolo e buquê. O episódio do soco ocorrido nos bastidores do Flow ficou no passado, ao contrário das fotos recentes de Medina em Brasília e Alphaville, jogando bola com Nikolas Ferreira e curtindo viagens com Marçal.
Parece que o manual de imagem dele funciona, já que nada como um bom casamento para apagar um nocaute eleitoral.
O governo paulista parece decidido a tirar os holofotes de Tremembé, o presídio que ganhou fama nacional e até série no Prime Video por abrigar presos famosos. Segundo o Tribunal de Justiça, a Secretaria da Administração Penitenciária comunicou a mudança que deve pôr fim ao título de “prisão das celebridades”.
Fontes do sistema afirmam que os atuais moradores ilustres, como Robinho e Thiago Brennand, podem ser transferidos para Potim, a 43 quilômetros dali. Oficialmente, o governo fala em “planejamento e protocolos internos”, aquele discurso que explica tudo sem dizer nada.
No fim, Tremembé, que já recebeu nomes como Suzane Von Richthofen e Elize Matsunaga, pode perder o glamour e virar apenas mais um CEP na longa lista do sistema prisional paulista.
Guilherme Boulos assumiu o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência com um discurso que trocou o terno pela marreta. Em meio a aplausos e gritos de movimentos sociais, o novo ministro mirou a elite da Faria Lima e disse que o verdadeiro crime organizado não mora em barracos, mas entre planilhas e champanhes da avenida mais cara do país.
Boulos prometeu colocar o governo “na rua”, ouvir críticas e dar voz a quem pega seis dias de trampo por um de descanso, enquanto provocou os que dizem defender o povo, mas fogem correndo da ideia de taxar bilionários e casas de apostas.
A posse virou quase um manifesto: se depender do novo ministro, a Faria Lima que se prepare, porque o Planalto acaba de ganhar um toque de ocupação popular.