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Após décadas, Sonho de Valsa não é mais chamado de bombom; entenda

Depois de 85 anos de sucesso no mercado, o clássico Sonho de Valsa deixa de ser bombom; mudança foi estratégia da Mondeléz  |  Foto: Reprodução/Redes sociais

Publicado em 10/07/2025, às 12h04   Foto: Reprodução/Redes sociais   Marcela Guimarães

Um dos doces mais tradicionais do Brasil passou por uma mudança. O Sonho de Valsa agora é classificado como wafer, e não como bombom, como vinha sendo chamado há mais de 80 anos.

A alteração foi feita pela Mondeléz, dona da marca Lacta, e tem como objetivo reduzir a carga tributária do produto.

Segundo o portal Estado de Minas, ao ser reclassificado como wafer, a marca deixa de pagar o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que era de 5% quando ficou estabelecido como bombom.

A mudança permite que o doce seja considerado um “produto de padaria, pastelaria ou da indústria de bolachas e biscoitos”, uma faixa isenta do imposto.

Receita permanece a mesma

Apesar da mudança na nomenclatura e na embalagem, a fórmula do Sonho de Valsa continua a mesma desde 1938. O doce segue com a tradicional combinação de massa de castanha de caju, casquinha crocante de wafer e cobertura de chocolate ao leite e meio amargo.

Ou seja, para o consumidor, a alteração fica apenas no rótulo. O sabor, textura e apresentação do Sonho de Valsa seguem iguais.

Estratégia comum no mercado

A ideia de reclassificar produtos para pagar menos impostos não é nova. Em 2021, por exemplo, o Serenata de Amor, da Garoto, passou pela mesma alteração, sendo rotulado como wafer para conseguir a isenção de IPI.

Outro exemplo vem do McDonald’s, que passou a chamar seu sorvete de bebida láctea.

Desde 2015, produtos como chocolates e sorvetes possuem alíquota de IPI de 5%. Já outras categorias (como biscoitos, bebidas lácteas e produtos de padaria) muitas vezes contam com isenção ou redução da carga tributária.

Classificação Indicativa: Livre


TagsChocolateDoce

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