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Publicado em 23/05/2025, às 15h24 Foto: Divulgação/Psyche Aerospace Marcela Guimarães
O que começou como uma grande aposta agrícola no Brasil terminou em demissões, prejuízos e promessas não cumpridas. A Psyche Aerospace, startup fundada pelo jovem empresário Gabriel Leal, de 24 anos, anunciou o fim de sua divisão de drones após diversos desastres no meio do caminho.
A empresa localizada em São José dos Campos (SP) ganhou atenção ao divulgar o Harpia P-71, drone agrícola movido a etanol e eletricidade com capacidade de carregar 400 kg de defensivos por voo, sendo o maior do mundo na categoria, de acordo com a própria Psyche.
Com ele, a ideia inicial era atender até 500 mil hectares em operações de pulverização no país.
A startup chegou a captar R$ 19 milhões com investidores e despertou o interesse de grandes nomes do agronegócio, mas o cenário mudou: sem conseguir converter cartas de intenção em contratos que dependiam de testes práticos em campo, a empresa não conseguiu chegar nos R$ 50 milhões que buscava em uma nova rodada de investimentos em 2024.
O alto custo de desenvolvimento, que consumia milhões por mês, forçou a empresa a encerrar a operação com drones em 16 de maio de 2025, resultando na demissão de 130 pessoas. Hoje, a Psyche segue operando em Campinas (SP) com uma equipe de 25 a 30 colaboradores.
Gabriel afirma que ainda vê potencial no projeto Harpia, mas admite que ele só funcionará novamente se encontrar investidores dispostos a desembolsar entre U$ 30 milhões a US$ 50 milhões.
O Harpia P-71 foi exibido em feiras como a Agrishow e chamou atenção desde o início. Sem verificar o desempenho do drone na prática, a startup perdeu as esperanças e não conseguiu avançar com os contratos, deixando a promessa no papel.
Imagens e vídeos do drone ainda circulam nas redes sociais registrando o entusiasmo que o projeto causou no agronegócio, mas a inovação que prometia transformar o setor segue parada.
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