Polícia
Publicado em 16/09/2025, às 15h05 Foto: Polícia Civil de São Paulo Marcela Guimarães
A morte em uma emboscada de Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, não foi o primeiro episódio violento envolvendo a vítima.
Ao longo de sua carreira na polícia, foi alvo de diferentes ataques e assaltos, alguns deles diretamente ligados à sua atuação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Em dezembro de 2023, o ex-policial foi vítima de um roubo em Praia Grande, no litoral sul paulista. Na época, ele e a esposa saíam de um restaurante quando foram surpreendidos por criminosos. Um deles chegou a encostar a arma na cabeça do homem.
O casal teve celulares, joias, cartões e uma moto levados, mas todos os pertences foram recuperados após a prisão em flagrante dos envolvidos.
Após o episódio, Ruy admitiu temer pela própria segurança, além de ter seus familiares envolvidos. “Eu combati esses caras durante tantos anos e agora os bandidos sabem onde moro. Minha família quer que eu deixe o emprego em Praia Grande e saia de São Paulo”, disse na época do crime.
Ele também demonstrou preocupação com a repercussão do caso na imprensa, afirmando que a exposição aumentava a sensação de ameaça na sua própria casa.
O ex-delegado já havia enfrentado situações parecidas. Em maio de 2022, dois assaltantes o abordaram em uma moto na Avenida do Estado, na zona sul da capital paulista. A ação acabou não dando certo quando perceberam que o carro de Ruy era blindado.
Dois anos antes, em 2020, ele passou por outra emboscada no bairro do Ipiranga, também em São Paulo. A vítima reagiu, atirou contra os criminosos e chegou a atingir um deles, que conseguiu escapar.
Em 2012, outro ataque terminou em troca de tiros na Via Anchieta, no ABC Paulista. Ruy estava acompanhado de uma investigadora, que foi baleada no pescoço e precisou passar por cirurgia, ficando 45 dias internada. Um dos suspeitos foi morto no confronto.
Segundo informações apuradas pela CNN, na Polícia Civil, Ruy Ferraz Fontes comandou investigações importantes contra o PCC, principalmente quando chefiava o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
Foi ele quem indiciou alguns dos principais líderes da facção, entre eles Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola. Também responsabilizou a esposa do criminoso por lavagem de dinheiro ligada ao grupo criminoso.
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