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Laudo surpreende e contradiz versão de amigo sobre morte de empresário em Interlagos; veja os detalhes

Polícia contesta versão de amigo após resultado do laudo  |  Foto: Reprodução/Redes sociais e TV Globo

Publicado em 13/06/2025, às 10h58   Foto: Reprodução/Redes sociais e TV Globo   Isabela Fernandes

A morte do empresário Adalberto dos Santos Júnior, de 36 anos, durante um evento no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, segue sendo investigada pela Polícia Civil e ainda têm perguntas sem resposta e contradições. 

Um laudo recente do Instituto Médico-Legal (IML) aponta que ele não tinha álcool nem drogas no organismo no momento da morte, uma informação que contradiz o relato de seu amigo, Rafael Aliste, que estava com ele no evento.

No depoimento, Rafael contou que os dois tinham bebido aproximadamente oito cervejas e fumado maconha oferecida por estranhos durante o evento. Mas o laudo contradiz essa versão, o que levanta a suspeita de que o amigo pode ter mentido ou omitido informações importantes à polícia.

Além disso, marcas no pescoço da vítima, descobertas pela perícia, sugerem que ele pode ter sofrido algum tipo de agressão física, o que vai contra a ideia inicial de que ele teria sido encontrado sem ferimentos. Isso abre espaço para novas hipóteses, incluindo a possibilidade de um crime violento.

Rafael, que já havia prestado um depoimento considerado incompleto e contraditório pela delegada do caso, Ivalda Aleixo, voltou à delegacia para dar mais explicações. Durante mais de seis horas, ele foi entrevistado com uma equipe especializada em análise de comportamento criminal.

Outros dois exames ainda estão sendo analisados: um laudo necroscópico, que irá detalhar a causa da morte, e um teste de DNA que deve identificar a origem de vestígios de sangue encontrados no carro da vítima. Esses resultados são essenciais para esclarecer se houve envolvimento de terceiros na morte do empresário.

Relembre o caso

Adalberto desapareceu no dia 30 de maio, após participar de um evento no Autódromo de Interlagos. Câmeras de segurança mostram o empresário chegando sozinho por volta das 12h30. À noite, ele se encontrou com um amigo e, por volta das 20h30, enviou sua última mensagem à esposa.

De acordo com o depoimento do amigo à polícia, Adalberto consumiu maconha e bebeu oito copos de cerveja durante o evento. Ele teria dito que voltaria ao carro ao se despedir, mas não há imagens que mostrem esse retorno.

O corpo foi encontrado quatro dias depois, a cerca de 200 metros de onde ocorreu o evento, em uma área com obras. Estava sem calça e sem os sapatos, peças que ainda não foram localizadas.

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