Empresário achado morto em buraco pode ter sofrido golpe — polícia agora trata o caso como crime

A morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, encontrado em um buraco dentro de uma obra no Autódromo de Interlagos, passou a ser investigada como crime pela Polícia Civil de São Paulo. A principal linha de investigação aponta para a possibilidade de ele ter sofrido um golpe conhecido como “mata-leão” após um desentendimento com algum dos seguranças presentes no evento realizado no local.

Inicialmente, as autoridades chegaram a levar em consideração a hipótese de acidente. Entretanto, o avanço das investigações e novos indícios levaram os investigadores a tratarem o caso como homicídio.

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O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) reservou esta semana para ouvir os seguranças que trabalharam no evento, e os depoimentos estão sendo colhidos na sede do departamento.

O desaparecimento de Adalberto aconteceu no dia 30 de maio, após ele se despedir de um amigo durante o Festival Interlagos, evento de experiências com motos que estimava receber cerca de 200 mil pessoas.

A última informação sobre seu paradeiro indicava que ele caminhava em direção ao estacionamento do Kartódromo de Interlagos para buscar seu carro. No dia seguinte, o caso foi registrado como desaparecimento de pessoa pelo 48º Distrito Policial, na região de Cidade Dutra.

O corpo do empresário foi descoberto em uma área de obras dentro do autódromo, em um buraco com aproximadamente três metros de profundidade e 50 centímetros de largura. Além disso, também havia vestígios de sangue que foram localizados dentro do veículo de Adalberto, e o DHPP solicitou uma nova perícia no automóvel após detectar material genético.

Em depoimento à polícia, Fernanda Grando Dândalo, esposa do empresário, revelou que ele possuía um patrimônio de alto valor, incluindo imóveis, carros de luxo e uma empresa. Os investigadores analisam se o patrimônio de Adalberto pode ter alguma relação com o crime.