Política
Publicado em 29/07/2025, às 11h33 Foto: Iano Andrade/CNI via Fotos Públicas Marcela Guimarães
O Ministério dos Transportes e o governo Lula (PT) organizam uma proposta que deve estabelecer o fim da obrigatoriedade da autoescola para ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
A medida, segundo a pasta, busca tornar o processo mais acessível aos brasileiros, diminuindo custos e toda a burocracia por trás dele.
De acordo com o secretário-executivo George Santoro, a proposta já está pronta e aguarda o aval do Palácio do Planalto. “Estamos com tudo pronto para soltar”, afirmou à CNN. A informação foi inicialmente divulgada pela Folha de São Paulo e confirmada pelo veículo.
Mesmo com a possível mudança, as etapas comuns de avaliação (como as provas teórica e prática) continuarão sendo exigidas, seguindo os padrões já praticados pelos Detrans. “Não há perda de qualidade”, garantiu Santoro.
“O Brasil é um dos poucos países no mundo que obriga o sujeito a fazer um número de horas-aula para fazer uma prova”, disse o ministro Renan Filho à Folha. “A autoescola vai permanecer, mas ao invés de ser obrigatória, ela pode ser facultativa”.
De acordo com ele, o valor para tirar a CNH no Brasil gira entre R$ 3 mil e R$ 4 mil, dependendo do estado em que o futuro habilitado faz o exame. Dentro dos cálculos, a ideia pode reduzir esse gasto em 80%.
“É caro, trabalhoso e demorado. São coisas que impedem as pessoas de ter a carteira de habilitação”, disse Renan.
“O cidadão vai ter que passar na prova, vai ter que passar na direção, mas ele vai estudar no mundo moderno. Vai ser um programa transformador. Nós não estamos inventando moda, estamos usando a experiência internacional”, garantiu o ministro.
Países como Inglaterra e Estados Unidos não exigem provas de direção para emitir a CNH, padrão buscado atualmente pelo governo brasileiro para poupar o bolso da população.
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