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Boletim mostra histórico de gripe aviária em São Paulo; confira

O primeiro caso da doença no Brasil foi registrado no Espírito Santo em 2023. Até agora, o País já teve 168 casos no total.  |  O estado paulista não conta com casos de gripe aviária em 2025. - Canva

Publicado em 22/05/2025, às 09h47   O estado paulista não conta com casos de gripe aviária em 2025. - Canva   Camila Lutfi

A gripe aviária segue preocupando os produtores de frango do Brasil após a confirmação do primeiro caso da doença em uma granja comercial, no Rio Grande do Sul. Diversas parcerias comerciais já foram canceladas ou pausadas parcialmente por mercados internacionais. Ainda assim, o caso segue isolado no estado sulista.

Um boletim epidemiológico realizado pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) através do seu Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Animal (DDSIA), mostrou um histórico da influenza no estado de São Paulo.

O primeiro caso da doença no Brasil foi registrado no Espírito Santo em 15 de maio de 2023, em três aves migratórias costeiras. Até agora, o País já teve 168 casos, sendo 164 em aves silvestres, 3 em aves de subsistência e 1 em granja comercial.

Por sua vez, o estado paulista não conta com casos de gripe aviária em 2025. Até a última segunda-feira (19), haviam sido analisados 37 casos suspeitos, mas tiveram suspeita descartada. Foram realizadas 1.227 fiscalizações neste ano nos mesmos tipos de estabelecimentos monitorados em anos anteriores.

Confira o histórico da gripe aviária em São Paulo

De acordo com o DDSIA, em 2023, a maioria dos focos da influenza aviária foram identificados na região litorânea do estado, com exceção de um caso registrado em ave silvestre da capital. "Esta distribuição geográfica dos casos corrobora com o padrão de disseminação observado em outros estados, onde as aves migratórias costeiras representam importante papel na introdução e circulação do vírus", informa o boletim.

Em 2024, observou-se uma intensificação das ações de vigilância no estado, com mais de 2 mil fiscalizações ao longo do ano e 288 coletas de amostras - que mostraram resultados negativos para a doença. A vigilância ativa consiste em procedimentos programados de amostragem e inspeção, mesmo sem suspeitas prévias, e é voltada à comprovação de status sanitário e à detecção precoce de surtos.

Para o DDSIA, os dados demonstram que, apesar da circulação do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade no Brasil desde 2023, São Paulo tem conseguido manter um controle eficaz da situação, especialmente no que diz respeito à proteção do setor produtivo avícola. 

A conclusão é de que o estado de São Paulo permanece livre da influenza aviária em plantéis avícolas comerciais. "No entanto, a recente confirmação de um foco em granja comercial no Rio Grande do Sul reforça a necessidade de manutenção e intensificação das medidas de vigilância e biosseguridade em todo o território nacional", encerra o documento.

Classificação Indicativa: Livre


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