Política
Publicado em 10/07/2025, às 08h34 Foto: Reprodução/Redes Sociais Fernanda Montanha
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, se pronunciou pelas redes sociais nesta quarta-feira (9) em defesa da Corte, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar a imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil.
A medida, segundo Trump, será adotada a partir de 1º de agosto. Entre os motivos, ele aponta supostas “censuras” impostas pelo STF a plataformas digitais dos Estados Unidos que operam no Brasil. O ex-presidente americano também criticou o julgamento de Jair Bolsonaro por tentativa de golpe, classificando-o como “perseguição política”.
Em uma postagem no Instagram, Dino exaltou o papel institucional do STF. “É uma honra compor o Supremo Tribunal Federal, que cumpre com seriedade sua missão de garantir a democracia, a soberania nacional, as liberdades e os direitos, conforme a Constituição e as leis do país”, afirmou.
Mais cedo, Trump havia declarado que o Brasil não tem agido de maneira justa com os Estados Unidos. Em uma carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o norte-americano disse que o tratamento dado ao ex-presidente Bolsonaro é “uma vergonha internacional”. Ele ainda afirmou que “o julgamento não deveria ocorrer” e o classificou como uma “caça às bruxas que precisa acabar imediatamente”.
Ao longo do documento, Trump também criticou o STF por supostas “ordens secretas e ilegais” que estariam sendo utilizadas para censurar redes sociais norte-americanas, sob ameaças de multas milionárias e retirada dessas plataformas do mercado brasileiro.
O presidente dos EUA argumentou que o comércio entre os dois países tem sido “injusto por muito tempo” e que os Estados Unidos precisam romper com a atual estrutura de barreiras tarifárias e não tarifárias que, segundo ele, o Brasil impõe. Ele alertou que qualquer retaliação brasileira será acompanhada de aumento proporcional da tarifa americana.
Apesar das críticas de Trump, dados oficiais mostram que o Brasil acumula déficits comerciais com os Estados Unidos desde 2009 — ou seja, importa mais do que exporta para o país norte-americano.
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