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Gripe K: saiba o que é, os sintomas e como se prevenir

Mutação do influenza A impulsiona aumento de casos de gripe no hemisfério norte, mas especialistas dizem que não há motivo para pânico  |  Foto: Unsplash.

Publicado em 16/12/2025, às 14h18   Foto: Unsplash.   Bianca Novais

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta global após identificar um aumento acima do esperado de casos da chamada gripe K na Europa e na Ásia. A infecção é causada pelo vírus influenza A (H3N2), mais especificamente por um novo subclado, conhecido como K, resultado de uma mutação genética recente.

As informações foram divulgadas em reportagem da CNN Brasil, que ouviu especialistas para explicar os riscos e impactos da variante.

O que é a gripe K?

Segundo a infectologista Rosana Ritchmann, do Grupo Santa Joana e do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em entrevista à CNN Brasil, a gripe K não é um vírus totalmente novo. Trata-se de uma variação genética do influenza A (H3N2), diferente do H1N1, responsável pela pandemia de 2009.

A principal mudança está na superfície do vírus, o que dificulta o reconhecimento imediato pelo sistema imunológico e favorece a disseminação.

Mutação explica alta de casos

De acordo com Ritchmann, a mutação do subclado K faz com que o organismo “enxergue” o vírus como uma versão diferente do H3N2 já conhecido. Isso reduz a eficácia da resposta imune inicial e ajuda a explicar o crescimento expressivo de casos em algumas regiões do hemisfério norte. Ainda assim, a especialista ressalta à CNN Brasil que mutações no influenza são comuns e esperadas.

Sintomas são os de uma gripe comum

Febre, congestão nasal, coriza, tosse, dor de cabeça, dor de garganta e mal-estar estão entre os principais sintomas. Não há evidências científicas de que a gripe K provoque quadros mais graves do que outras gripes sazonais. Clinicamente, não é possível diferenciar a variante sem exames laboratoriais.

Grupos de risco exigem atenção

Idosos, gestantes e pessoas imunossuprimidas apresentam maior risco de evolução para complicações, como pneumonia, sinusite e descompensação de doenças crônicas. Conforme explicou Ritchmann à CNN Brasil, o maior perigo está nas complicações associadas, e não no vírus em si.

Chegada ao Brasil é esperada

Para a infectologista, a entrada do subclado K no Brasil é praticamente inevitável, devido à circulação intensa do vírus no hemisfério norte e ao aumento de viagens durante férias e festas. O alerta da OMS, segundo ela, serve justamente para preparar os sistemas de saúde.

Vacina, tratamento e prevenção

A vacina contra a gripe continua sendo fundamental, pois reduz o risco de casos graves, hospitalizações e mortes, mesmo que não impeça totalmente a infecção. O antiviral oseltamivir (Tamiflu) é eficaz no tratamento.

Medidas como ventilação dos ambientes, higiene das mãos, uso de máscara em situações específicas e isolamento durante sintomas respiratórios seguem recomendadas.

Classificação Indicativa: Livre


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