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Foto: Freepik
por Marcela Guimarães
Publicado em 07/07/2025, às 14h04
Se você já se pegou diminuindo o volume do som do carro antes de estacionar, saiba que isso não é incomum. Esse comportamento tem uma explicação bastante lógica.
Apesar de parecer estranho que baixar o som possa “ajudar a enxergar melhor”, a verdade é que essa prática mostra uma estratégia que parte da intuição do cérebro.
Quando nos deparamos com uma tarefa que exige mais atenção, como manobrar um carro em um espaço apertado, tentamos diminuir estímulos externos para melhorar o foco, segundo o portal Minha Vida.
O cérebro não é tão multitarefa quanto achamos. Quando muitas informações chegam ao mesmo tempo (como o som alto, uma conversa paralela e a necessidade de estacionar com cuidado), ele precisa administrar a atenção entre elas, o que acaba afetando a concentração e aumentando a chance de errar.
Por isso, em momentos que exigem esforço elevado, a tendência é silenciar o ambiente ao redor. A música com letra, por exemplo, pode competir com o raciocínio verbal, forçando o cérebro a escolher entre um dos estímulos.
Mesmo que o som pareça apenas um “ruído branco”, ele representa um tipo de som mental que ocupa uma parte dos recursos cerebrais. Quanto mais estímulos, maior o esforço para manter o foco, o que pode causar fadiga ou erros de atenção.
É por isso que, ao abaixar o volume ou pedir silêncio, o cérebro tenta aliviar a sobrecarga sensorial e criar um ambiente mais concentrado, ou seja, uma reação automática de autodefesa mental.
Nem todos os cérebros reagem da mesma forma a esse problema. Algumas pessoas conseguem manter o foco mesmo em meio ao barulho, enquanto outras precisam de silêncio total para se concentrar. Mas, em geral, quando a tarefa é complexa, a maioria instintivamente busca fugir de distrações, mesmo que sem perceber.
Da próxima vez que você diminuir o volume para estacionar, pode se orgulhar, já que seu cérebro está apenas fazendo o possível para funcionar melhor.
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