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Avanço histórico? Cromossomo extra da Síndrome de Down é removido em laboratório

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Novos estudos tecnológicos podem melhorar a qualidade de vida de pessoas com Síndrome de Down; condição afeta cerca de 300 mil pessoas no Brasil  |   BNews SP - Divulgação Foto: Freepik
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 25/06/2025, às 17h47



Um estudo inovador realizado por pesquisadores japoneses surpreendeu o mundo. O grupo conseguiu remover, em laboratório, o cromossomo extra da Síndrome de Down.

Por mais não represente uma “cura” para a condição, a descoberta é um grande avanço na busca por alternativas que possam melhorar a qualidade e a longevidade de vida das pessoas com trissomia 21.

Tecnologia de ponta

A pesquisa utilizou a técnica de edição genética CRISPR-Cas9, uma das ferramentas mais revolucionárias da biotecnologia moderna. Funcionando como uma “tesoura molecular”, o método permite cortar trechos específicos do DNA.

No caso do estudo, os cientistas aplicaram uma versão aprimorada da técnica para identificar e remover a cópia extra do cromossomo 21 em células do laboratório. As que foram testadas contavam com fibroblastos retirados da pele de pessoas com Síndrome de Down.

A inovação mais notável foi a remoção do cromossomo sem afetar a integridade do restante do material genético. Isso permitiu o funcionamento saudável das células depois da intervenção.

Resultados e limitações

Após a remoção da trissomia 21, os mesmos cientistas observaram uma boa redução nos sinais de envelhecimento biológico das células, o que mostra um benefício para a saúde ao longo dos anos.

Isso também acontece por conta da redução da hiperatividade metabólica e da produção de radicais livres, fatores ligados ao desgaste celular e a doenças como Alzheimer precoce e problemas cardíacos, comuns entre pessoas com Down.

Apesar de ser um grande estudo, pesquisadores destacam que o método ainda deve enfrentar obstáculos. Células que não se dividem, como muitos tipos de neurônios, devem resistir à edição genética, o que limita a aplicação direta em organismos vivos.

Futuro da pesquisa precisa de cautela

Apesar do avanço, a equipe avisa que são necessários muitos testes antes que a técnica possa ser considerada segura e eficaz. As próximas etapas contam com experimentos envolvendo animais e desenvolvimento de estratégias para passar pelas limitações da tecnologia.

Sobre a condição

A Síndrome de Down, causada pela presença de uma cópia extra do cromossomo 21, afeta aproximadamente 300 mil pessoas no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE).

A condição traz impactos cognitivos, neurológicos e orgânicos. O novo estudo representa uma esperança de que, no futuro, a ciência possa diminuir os sintomas e oferecer alternativas mais certeiras e individualizadas.

Classificação Indicativa: Livre

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