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Os oceanos da Terra não são eternos. De acordo com um estudo do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França (CNRS), publicado na revista Nature, dentro de cerca de 1 bilhão de anos toda a água do planeta terá evaporado completamente.
O motivo não está ligado à ação humana, mas sim à evolução natural do Sol.
Hoje, a Terra recebe 341 W/m² de radiação solar. As projeções indicam que esse número chegará a 375 W/m² nos próximos bilhões de anos, ultrapassando o limite da chamada “zona habitável”.
Esse aumento de apenas 10% na luminosidade solar será suficiente para desencadear a evaporação dos mares.
“A intensificação da radiação solar é um processo inevitável do envelhecimento da estrela”, explicam os pesquisadores.
O Sol está atualmente na fase de sequência principal, a mais estável do ciclo estelar. Com 4,5 bilhões de anos, já passou da metade de sua vida útil.
Quando o combustível de hidrogênio se esgotar, a estrela se expandirá até virar uma gigante vermelha, possivelmente engolindo a órbita da Terra.
Antes disso, no entanto, o planeta já terá perdido suas condições de habitabilidade.
A evaporação dos oceanos liberará vapor d’água em excesso na atmosfera, funcionando como um gás de efeito estufa extremamente potente. Isso criará um ciclo de aquecimento acelerado e irreversível.
Com o tempo, a radiação solar quebrará as moléculas de água e fará com que hidrogênio e oxigênio escapem para o espaço. A Terra se tornará árida, sem mares nem atmosfera estável.
As estimativas variam: alguns modelos apontam que a habitabilidade pode acabar antes de 1 bilhão de anos; outros sugerem que formas de vida mais resistentes sobrevivam por mais tempo.
O consenso, no entanto, é claro: o planeta tem prazo de validade, ditado pelas leis da astrofísica.
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