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Jovem viraliza ao realizar laqueadura aos 22 anos: veja se é possível engravidar após procedimento

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Uma jovem de 22 anos viraliza ao compartilhar sua laqueadura, refletindo mudanças na legislação brasileira sobre esterilização.  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Redes Sociais
Fernanda Montanha

por Fernanda Montanha

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Publicado em 07/08/2025, às 10h00



Uma jovem de 22 anos ganhou grande repercussão nas redes sociais ao compartilhar a celebração de sua laqueadura, mesmo sem ter filhos ou ser casada. Essa atitude reflete uma importante mudança na legislação brasileira, que agora permite que mulheres com idade mínima de 21 anos optem pela esterilização voluntária, sem precisar da autorização do parceiro ou ter filhos.

Como funciona a laqueadura e é possível engravidar depois?

A laqueadura tubária, conhecida popularmente como ligadura das trompas, é um dos métodos contraceptivos definitivos mais utilizados no Brasil. Esse procedimento cirúrgico bloqueia as trompas de Falópio, impedindo o óvulo de encontrar o espermatozoide.

Mas a dúvida comum é: será que dá para engravidar depois da cirurgia?

Segundo a ginecologista especialista em reprodução humana Dra. Graziela Canheo, da La Vita Clinic, ao Terra, existem duas formas de gravidez após a laqueadura: pela fertilização in vitro ou pela reversão da cirurgia.

“Mesmo com a reversão, as chances de engravidar naturalmente são baixas, pois as trompas nem sempre recuperam sua função,” explica a médica. Nesses casos, a fertilização in vitro pode ser a única alternativa para tentar uma gestação.

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Laqueadura é um procedimento irreversível — e deve ser pensado com cuidado

Embora exista alguma possibilidade de gravidez depois do procedimento, os especialistas alertam que a laqueadura deve ser encarada como definitiva.

A legislação brasileira, pela Lei do Planejamento Familiar (nº 9.263/96), exige que a mulher esteja totalmente segura de sua escolha, garantindo um período mínimo de reflexão de 60 dias antes da cirurgia.

A lei determina também critérios como idade mínima de 21 anos ou ter dois filhos vivos, além do consentimento informado da mulher — sem necessidade de autorização do parceiro.

O recomendado é que o procedimento seja realizado somente por quem tem certeza absoluta de que não deseja ter filhos no futuro, pois a decisão pode gerar impactos físicos, emocionais e sociais importantes.

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