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O papa Leão XIV vai reviver uma antiga prática interrompida por seu antecessor: passará o período de verão europeu nas Vilas Pontifícias de Castel Gandolfo, localizadas a cerca de 30 quilômetros de Roma. A informação foi confirmada pela Prefeitura da Casa Pontifícia, que detalhou que a estadia ocorrerá entre os dias 6 e 20 de julho.
Durante essas duas semanas, o pontífice norte-americano permanecerá no histórico palácio, que por mais de três séculos serviu como residência de verão dos líderes da Igreja Católica. A tradição, no entanto, havia sido interrompida pelo papa Francisco, que preferiu utilizar o local para fins públicos. Durante seus 12 anos de pontificado, Francisco nunca passou férias na propriedade e transformou o espaço em museu, mantendo-se no Vaticano durante os meses de descanso.
A agenda de Leão XIV em Castel Gandolfo inclui dois compromissos religiosos principais: missas nos dias 13 e 20 de julho, cada uma seguida da oração do Angelus. Com a ida ao retiro de verão, todas as audiências privadas com o papa serão suspensas temporariamente, incluindo as tradicionais audiências gerais das quartas-feiras, que só devem ser retomadas a partir de 30 de julho.
Além da estadia em julho, Leão XIV também deve retornar ao palácio entre os dias 15 e 17 de agosto. O período coincide com o feriado da Assunção de Maria, um dos momentos mais significativos do verão italiano e uma das principais datas do calendário litúrgico da Igreja Católica.
O novo papa já havia visitado Castel Gandolfo anteriormente, em 29 de maio, quando conheceu o projeto "Borgo Laudato Si", criado por Francisco. O centro de formação foi fundado para divulgar os valores da encíclica ambientalista Laudato Si', considerada a primeira da história da Igreja voltada à temática ecológica.
Com esse gesto, Leão XIV sinaliza respeito às tradições do papado, ao mesmo tempo em que mantém viva a conexão histórica entre os pontífices e o emblemático refúgio nos arredores de Roma.
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