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Pesquisa aponta possível envolvimento do 3I/ATLAS com alienígenas; entenda

Foto: Observatório Internacional Gemini/NOIRLab/NSF/AURA
Estudo sugere que o objeto 3I/ATLAS, recém-detectado no Sistema Solar, pode ter origem artificial e reacende teoria da conspiração  |   BNews SP - Divulgação Foto: Observatório Internacional Gemini/NOIRLab/NSF/AURA
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 29/10/2025, às 17h22



Um novo debate voltou a repercutir na comunidade científica. Em parceria com Adam Hibberd e Adam Crowl, da Iniciativa para Estudos Interestelares (i4is), de Londres (Inglaterra), o astrofísico Avi Loeb, da Universidade de Harvard, publicou um artigo que levanta a possibilidade de que o 3I/ATLAS possa ser um artefato tecnológico criado por uma inteligência extraterrestre.

Publicado em junho deste ano, o estudo foi elaborado, segundo os próprios autores, como um “exercício pedagógico”, mas acabou ganhando atenção por suas conclusões inusitadas. A apuração é do jornal O Globo.

3I/ATLAS
3I/ATLAS surpreende a ciência (Foto: Divulgação/NASA)

Origem do objeto

O trabalho analisa a astrodinâmica do 3I/ATLAS e questiona se suas características poderiam ser explicadas por uma origem para lá de diferente em uma associação à chamada “hipótese da Floresta Escura”.

Essa teoria, derivada do Paradoxo de Fermi, tenta explicar por que outras civilizações nunca foram encontradas mesmo com a probabilidade de vida extraterrestre sendo alta.

A ideia é que civilizações inteligentes sigam escondidas para não serem destruídas por espécies mais avançadas, ou seja, uma metáfora para um “universo predador”.

Sobre o 3I/ATLAS

O telescópio ATLAS (Asteroid Terrestrial-Impact Last Alert Survey System), localizado no Chile e financiado pela NASA, detectou o 3I/ATLAS no dia 1º de julho.

O objeto, que tem origem interestelar, tem dimensões que vão de 20 a 30 km e um comportamento fora do padrão.

Observações do Telescópio Espacial James Webb mostraram que sua composição conta com uma proporção de dióxido de carbono oito vezes maior que a de água, algo bem incomum.

Além disso, o objeto começou a liberar gás e poeira muito distante do Sol, indo contra o que se espera de objetos desse tipo.

Outras peculiaridades

  • Órbita retrógrada quase alinhada ao plano da Terra, com probabilidade de apenas 0,2% de ocorrer por acaso;
  • Tamanho incomum, grande demais para um asteroide interestelar comum;
  • Ausência de gases cometários, incompatível com o estilo de um cometa normal;
  • Sincronização de trajetória com as órbitas de Vênus, Marte e Júpiter, o que poderia indicar planejamento;
  • Movimento oculto atrás do Sol, dificultando observações diretas, algo que o astrofísico afirma ser intencional.

O artigo também menciona que o 3I/ATLAS poderia realizar uma manobra de desaceleração chamada “Oberth reversa”, técnica usada por naves para frear e chegar perto de um planeta.

Conclusão dos cientistas

Apesar das teorias “de outro mundo”, os pesquisadores afirmam que não concordam totalmente com a ideia de existir uma origem alienígena.

O objetivo, segundo eles, é incentivar o teste científico da hipótese, tratando o fenômeno com a mesma seriedade que qualquer outro possível risco.

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