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Pesquisa aponta que detalhe entre dois dedos pode revelar lado sexual do parceiro

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Estudo japonês em ratos mostra que proporção entre dois dedos pode revelar detalhes que envolvem o comportamento sexual do outro  |   BNews SP - Divulgação Foto: Freepik
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 08/07/2025, às 15h02



Uma curiosidade comum em relacionamentos é tentar entender os desejos e comportamentos sexuais da pessoa amada, mas o que poucos sabem é que esses traços podem ser moldados ainda no útero, segundo nova pesquisa da revista Experimental Animals.

Durante a formação do feto, o cérebro é influenciado por hormônios como os andrógenos (hormônios sexuais masculinos). Essa exposição molda o cérebro e, de acordo com pesquisadores da Universidade de Okayama, no Japão, pode deixar marcas visíveis no corpo, como a proporção entre o segundo e o quarto dedos.

O que os dedos revelam sobre o desejo sexual

O estudo investigou em ratos a chamada proporção 2D:4D, ou seja, o comprimento do indicador dividido pelo do anelar. De acordo com os autores da pesquisa, “os machos tipicamente apresentam uma proporção significativamente menor do que as fêmeas”.

Segundo Himeka Hayashi, primeira autora do estudo, a equipe procurou evidências “que conectassem a proporção de dedos à base biológica do sexo em si, especialmente à atividade e preferência sexual”.

Assim que se aprofundaram, encontraram. “Descobrimos que a proporção 2D:4D serve como um marcador biológico confiável para prever a atividade sexual em ratos”, afirmou o coautor Hirotaka Sakamoto. Ratos com dedos indicadores mais curtos mostraram maior desejo sexual e desempenho durante o ato.

Testes comprovaram preferências

Nos testes, ratos com menores proporções ejacularam no primeiro encontro e demonstraram maior frequência e velocidade nas relações. Também apresentaram melhor função erétil. Além disso, “ratos com segundos dedos mais curtos não eram apenas mais sexualmente ativos, mas também mostraram uma clara preferência pelo cheiro feminino”, destacou Sakamoto.

Quando expostos a camas perfumadas por machos e fêmeas, esses ratos buscavam os locais com odor feminino, mostrando maior libido e seletividade sexual.

Os autores ainda apontam que a proporção 2D:4D pode se conectar a traços mentais e emocionais, como autismo, depressão e dificuldade de criar vínculos, prova de que os hormônios pré-natais afetam também a cognição.

Limites do estudo

Sakamoto destaca que os achados “sugerem uma ligação profunda entre o corpo e a mente, com implicações científicas e clínicas significativas”. Assim, medir os dedos poderia “ajudar a identificar aspectos de nossas tendências comportamentais”.

A sexualidade humana é muito complexa e envolve outros fatores que vão muito além da biologia. Um homem com alta libido, por exemplo, pode ser afetado por costumes religiosos ou traumas pessoais, por exemplo.

Além disso, o estudo avaliou apenas ratos machos. Não se sabe se o padrão funciona com fêmeas ou humanos, assim como não fica claro se o comprimento dos dedos causa o comportamento sexual.

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