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Por que seu cachorro late para algumas pessoas e para outras não? Entenda os motivos

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O que o olfato, os gestos e o passado do seu pet revelam sobre as reações a visitantes — e como ajudar o cão a se comportar melhor  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Freepik
Fernanda Montanha

por Fernanda Montanha

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Publicado em 25/06/2025, às 09h58



Quem convive com um cachorro sabe que as reações do pet diante de visitantes podem ser bem distintas. Alguns convidados são recebidos com saltos, rabos abanando e muita euforia. Outros, no entanto, despertam latidos persistentes e, às vezes, comportamentos mais defensivos ou até hostis. Isso levanta a curiosidade de muitos tutores: estariam os cães percebendo algo que nós não notamos, ou seria apenas instinto protetor?

De acordo com especialistas em comportamento animal, como os etólogos, a resposta vai além de uma única causa. O olfato extremamente apurado dos cães, a forma como interpretam gestos e a própria socialização vivida pelo animal ao longo da vida são peças fundamentais para entender essas reações. Para se ter ideia, enquanto o ser humano conta com cerca de 5 milhões de receptores olfativos, um cachorro pode ter até 300 milhões, dependendo da raça. Isso significa que eles conseguem farejar até alterações hormonais, como o aumento do cortisol em alguém estressado ou ansioso.

Outro ponto essencial é a leitura corporal. Um movimento brusco, um olhar fixo ou um jeito hesitante de se aproximar podem ser interpretados pelo cão como ameaçadores. Por isso, mesmo sem intenção, um visitante pode provocar no animal uma resposta de alerta. O latido, nesse contexto, é um aviso de que algo foge do que ele considera normal.

O histórico do próprio cão também faz toda a diferença. Animais que não tiveram uma fase de socialização adequada, especialmente entre 3 e 12 semanas de idade, costumam ser mais desconfiados diante de estranhos. Além disso, experiências negativas anteriores, como traumas ou sustos, podem reforçar comportamentos de desconfiança.

Para evitar reações exageradas, o ideal é trabalhar a socialização desde cedo. Expor o filhote a diferentes ambientes, pessoas e situações ajuda a construir um cachorro mais confiante e calmo. No caso de cães adultos que já apresentam comportamento reativo, a orientação de um adestrador e o uso de reforço positivo são aliados importantes no processo de adaptação.

Classificação Indicativa: Livre

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