Entretenimento
por Marcela Guimarães
Publicado em 06/06/2025, às 16h27
Um grupo diferenciado de pessoas usando máscaras de cachorro, andando de quatro e latindo umas para as outras nas ruas vem crescendo ao redor do mundo graças ao boom das redes sociais.
Por trás dessas cenas está a comunidade dos therians, indivíduos que afirmam se identificar como animais e adotam comportamentos típicos desses bichos no dia a dia.
Os therians não se consideram pessoas que “fingem” ser animais, mas sim humanos com uma conexão profunda com determinado bicho e demonstram isso através de gestos, roupas e hábitos. A identidade pode surgir de várias formas: alguns se sentem como lobos, outros como raposas, cães, gatos, entre várias outros.
Eles usam máscaras, andam em quatro patas e adotam trejeitos específicos. Ao analisar a trend no TikTok, por exemplo, é possível encontrar criadores de conteúdo com milhões de seguidores interpretando esse animais.
O “estilo de vida” inclui o uso de caudas presas na roupa e sons característicos. No Brasil, vídeos parecidos também já circulam, com jovens reproduzindo os comportamentos de seus animais favoritos.
Além da forma de viver, o movimento dos therians também virou algo a ser comercializado. Muitos integrantes da comunidade passaram a vender acessórios, como máscaras realistas, e a falar abertamente sobre o problema que enfrentam dentro da sociedade, como o preconceito.
Um dos casos mais famosos é o do japonês conhecido como Toco. Ele investiu cerca de R$ 75 mil em uma fantasia hiper-realista de cachorro da raça border collie para realizar o sonho de “se tornar um cão”. Em vídeos, Toco aparece passeando pelas ruas e reproduzindo os gestos do animal.
Há quem chame o therian de furry, outro estilo envolvendo pessoas que têm interesse por animais com características humanas, como a capacidade de falar, andar de forma ereta ou usar roupas.
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