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Vale a pena comprar o iPhone Air? Entenda o que deu errado no novo modelo da Apple

Reprodução/ Apple
O iPhone Air não atinge expectativas de vendas e enfrenta resistência no mercado. Mas, afinal. O que deu errado no novo modelo da Apple?  |   BNews SP - Divulgação Reprodução/ Apple
Gabriela Teodoro Cruz

por Gabriela Teodoro Cruz

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Publicado em 27/10/2025, às 09h41



O iPhone Air, novo modelo ultrafino lançado pela Apple, não conseguiu repetir o sucesso comercial dos principais produtos da marca. Apesar de ser apresentado como um marco em design e leveza, o smartphone acabou encontrando resistência entre consumidores e especialistas.

Segundo o jornal Nikkei Asia, a demanda caiu a níveis comparáveis aos de aparelhos em fim de ciclo, levando a Apple a reduzir drasticamente a produção. O movimento reflete uma postura clássica da empresa: encerrar rapidamente produtos com desempenho comercial abaixo das expectativas.

Design elogiado, mas pouco avanço tecnológico

Com apenas 5,6 mm de espessura, o iPhone Air chamou atenção pelo visual minimalista — mas essa característica não bastou para sustentar o interesse do público.
O modelo não trouxe melhorias relevantes em desempenho, câmeras ou bateria, pontos considerados essenciais pelos consumidores.

Enquanto isso, os iPhones 17 e 17 Pro chegaram com tela de 120 Hz, armazenamento inicial de 256 GB e novos recursos de desempenho, entregando uma sensação de evolução real. Na comparação direta, o Air pareceu apenas uma versão mais fina, mas sem potência equivalente.

Um nicho sem público definido

Outro fator determinante foi o posicionamento confuso do produto. O iPhone Air foi lançado para ocupar o espaço entre as linhas tradicionais e os modelos premium, mas acabou competindo com os próprios aparelhos da Apple.

Consumidores que buscam performance optaram pelos modelos Pro, enquanto quem valoriza preço ficou com as versões convencionais.
Resultado: o Air ficou sem um público claramente definido uma situação incomum para uma empresa reconhecida pela precisão em marketing e segmentação.

Vendas fracas em mercados estratégicos

A demanda na China, um dos principais mercados da marca, até mostrou sinais positivos, mas não o suficiente para equilibrar as baixas nos Estados Unidos e na Europa.
Enquanto isso, o iPhone 17 registrou desempenho 14% superior ao de seu antecessor nos primeiros dias de vendas, reforçando a percepção de que a Apple acertou melhor a mão nos modelos principais.

O dilema do design sobre a utilidade

O caso do iPhone Air escancara um dilema que vai além da Apple: a era do design como principal motor de vendas parece ter ficado para trás.
Com o amadurecimento do mercado de smartphones, consumidores passaram a buscar inovação prática como eficiência de bateria, câmeras e integração com inteligência artificial mais do que apenas estética.

Assim como o Galaxy S25 Edge, da Samsung, o iPhone Air evidencia que beleza e leveza já não bastam para convencer. A Apple, conhecida por definir tendências, agora enfrenta o desafio de equilibrar inovação visual e funcionalidade real para manter sua liderança em tecnologia.

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