Esportes
por Marcela Guimarães
Publicado em 06/05/2025, às 12h30
Antes mesmo da fama e do dinheiro, o pai de Neymar tomou uma decisão arriscada para alavancar a carreira do filho e mudar o destino da família, que não estava em boas condições na época.
Em 2009, quando o filho tinha 17 anos, o pai assinou um contrato com a DIS, fundo de investimento ligado ao grupo Sonda, e recebeu R$ 5 milhões em troca de 40% dos direitos econômicos de uma futura venda de Neymar.
Havia uma cláusula bem arriscada incluída no acordo: caso o jogador não vingasse no futebol, a família teria que devolver o dobro do valor recebido, ou seja, uma dívida de R$ 10 milhões. O pai colocou tudo em jogo antes mesmo do sucesso se concretizar.
Em 2009, Neymar ainda não havia estreado como profissional. O empresário era Wagner Ribeiro.
A parceria entre Ribeiro e o pai de Neymar já havia dado certo em 2006, quando levaram o jovem jogador para testes no Real Madrid. No retorno ao Brasil, conseguiram fechar um acordo de imagem com o Santos.
Três anos depois, Ribeiro apresentou Delcir Sonda, empresário da DIS, ao pai do jogador. O fundo já tinha investimentos no Peixe e, em 2008, investiu R$ 3 milhões nos Meninos da Vila — entre eles Paulo Henrique Ganso, companheiro de Neymar no Santos.
Em março, Neymar e DIS formalizaram um acordo que envolvia um pagamento de R$ 5 milhões ao pai do jogador. O valor envolvia uma entrada de R$ 500 mil e dez parcelas mensais de R$ 450 mil. No entanto, a parceria envolvia diversos riscos:
Assim, qualquer cenário que impedisse o sucesso da carreira internacional de Neymar, como lesões ou problemas de adaptação, colocaria seu pai como responsável por uma dívida milionária.
No entanto, o destino colaborou com a família e o risco não se concretizou: no dia seguinte à assinatura, Neymar estreou como profissional e iniciou sua trajetória de sucesso no futebol.
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