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por Marcela Guimarães
Publicado em 14/09/2025, às 11h48
O Banco Central confirmou que o Drex, versão digital do real, só deve chegar em 2026. A estreia será mais discreta do que a proposta inicial, estando limitada aos bastidores do sistema financeiro, sem o uso imediato de blockchain ou tokenização.
Trata-se de uma Central Bank Digital Currency (CBDC), ou seja, uma moeda digital oficial emitida pelo Banco Central.
Diferente de criptomoedas como o Bitcoin, não será volátil ou privada, já que terá o mesmo valor do real em circulação.
De acordo com a instituição, a ideia não é substituir o dinheiro em papel, mas oferecer uma camada extra de infraestrutura para tornar operações mais baratas, rápidas e seguras, além de abrir espaço para novos formatos de crédito e investimento.
Na ideia original, o Drex traria recursos como contratos inteligentes e tokenização de ativos, incluindo imóveis e ações logo de cara.
Esses avanços, no entanto, ficaram para uma etapa posterior. A fase inicial, prevista para 2026, será restrita a bancos, cartórios e corretoras, com foco em validar garantias de crédito.
Na prática, o sistema vai permitir verificar se um mesmo bem não está sendo usado como garantia em diferentes instituições, diminuindo golpes e riscos.
O adiamento abriu espaço para fake news sobre a nova moeda digital. Rodam nas redes afirmações de que o Drex substituiria o dinheiro físico, seria obrigatório a todos e permitiria ao governo rastrear cada gasto dos brasileiros.
O Banco Central já negou essas versões, destacando que o real em papel continuará existindo, o uso do Drex será opcional e todas as transações respeitarão o sigilo bancário e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
Assim como ocorreu com o Pix, a instituição deve lançar campanhas de comunicação para explicar o projeto do Drex em uma linguagem acessível para todos.
A estratégia é avançar aos poucos, em sintonia com outros países que também testam suas próprias moedas digitais.
Blockchain, contratos inteligentes e tokenização seguem no papel, mas apenas para o futuro, garantindo mais estabilidade e segurança.
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