Negócios
Foto: Divulgação/Chevrolet
por Marcela Guimarães
Publicado em 17/06/2025, às 17h17
No mercado automotivo, não faltam exemplos de carros que vendem uma imagem que nem sempre corresponde à realidade, apesar de cumprirem bem a função de transporte. São modelos que, por aparência ou acessórios “inúteis”, sugerem mais do que entregam. Confira alguns casos:
Modelos com visual off-road que não encaram nem buracos de rua são um clássico da indústria. Um exemplo é o Chevrolet Spin Active, lançado em 2014. Na prática, é o mesmo Spin, mas conta com pneus mais largos, plásticos sem pintura, rack no teto e até estepe pendurado na traseira, imitando alguns SUVs. Apesar de sua aparência, a ideia aventureira não é tão genial.
Outro detalhe que costuma enganar é o rack de teto que não suporta carga real. As grandes marcas usam esse acessório como ornamento, reforçando aquela ideia de versatilidade. O Fiat Idea Adventure Locker é um exemplo: tem visual robusto, mas sem a devida funcionalidade para prender bagageiros, pranchas ou bicicletas.
Carros com aquela aparência agressiva e “superior”, rodas maiores, saias laterais e aerofólios prometem um desempenho para lá de elevado, mas escondem motores considerados comuns e inferiores pelo preço que esses modelos valem.
O Renault Sandero GT Line é um exemplo. Em determinadas versões, o carro combinava elementos de carro esportivo com motorização 1.0 de três cilindros, gerando mais frustração do que utilidade.
Uma tendência recente de design é mostrar as ponteiras cromadas integradas ao para-choque que, na verdade, não possuem muita utilidade. O escapamento real fica escondido, saindo discretamente sob o carro. Uma das versões do Fiat Stilo já contava com esse truque.
Esses exemplos mostram como o marketing pode divulgar modelos que nem sempre vão te ajudar em termos de qualidade. É importante olhar além da ficha técnica e avaliar o que cada um realmente oferece, além de ser a prova de que aparência não é tudo na hora de escolher um carro.
Classificação Indicativa: Livre
