Negócios

Conheça a tecnologia única da Toyota que preocupa montadoras concorrentes

Foto: Divulgação/Toyota.
Montadora japonesa mantém liderança absoluta ao unir etanol e eletricidade em um sistema que concorrentes ainda não conseguiram reproduzir  |   BNews SP - Divulgação Foto: Divulgação/Toyota.
Bianca Novais

por Bianca Novais

[email protected]

Publicado em 01/12/2025, às 14h19



A Toyota consolidou uma vantagem tecnológica difícil de alcançar: o híbrido flex. Segundo a Auto Mais TV, desde 2019, quando lançou o Corolla híbrido, o primeiro carro do mundo a combinar motor elétrico com combustão flex, nenhuma outra marca conseguiu colocar nas ruas algo semelhante.

A solução, criada no Brasil com apoio da engenharia japonesa, se tornou referência e permanece inédita fora da montadora até o momento.

Após repetir o feito com o Corolla Cross em 2021, a marca já prepara o Yaris Cross híbrido-flex para 2026, mantendo sua liderança isolada no mercado.

Toyota Yaris Cross é o primeiro SUV compacto híbrido flex full da categoria. Foto: Divulgação/Toyota.
Toyota Yaris Cross é o primeiro SUV compacto híbrido flex full da categoria. Foto: Divulgação/Toyota.

Como funciona o sistema híbrido-flex?

A tecnologia híbrido-flex difere do híbrido tradicional ao combinar bateria, motores elétricos MG1 e MG2 e um motor 1.8 flex que chega a 101 cv no etanol. A bateria se recarrega sem tomada, aproveitando frenagens e o próprio motor térmico.

O desafio é unir um combustível mais corrosivo e de queima rápida, como o etanol, a um sistema que exige controle em tempo real de temperatura, ignição e gerenciamento elétrico.

Por que só a Toyota tem a tecnologia híbrido-flex?

Stellantis, Honda e Volkswagen correm atrás, mas ainda operam em estágios preliminares. Fiat e Peugeot apostam em sistemas semi-híbridos de 12 volts que não movem o carro. A Stellantis desenvolve o Bio-Hybrid de 48 volts, com promessa de leves impulsos elétricos.

Honda e Volkswagen só devem estrear híbridos-flex em 2028. As chinesas parecem mais próximas: BYD promete lançar a tecnologia em 2026 no Song Pro; GWM, Caoa Chery, Omoda e Jaecoo também trabalham em soluções locais. Nenhuma, porém, colocou algo funcional no mercado.

Segundo a Auto Mais TV, o principal entrave é financeiro: peças resistentes ao etanol, sensores sofisticados e componentes eletrônicos importados encarecem o projeto. Nacionalizar tudo leva tempo e o híbrido-flex só faz sentido se o consumidor brasileiro puder comprar.

Enquanto isso, a Toyota colhe frutos de quase três décadas de experiência desde o Prius, lançado em 1997, e já entrega números sólidos: cerca de 16 km/l com gasolina e até 70% menos emissões quando abastecido com etanol.

O Yaris Cross deve ampliar a presença da Toyota no segmento em 2026. Para o restante do mercado, a previsão mais otimista coloca híbridos flex plenos entre 2027 e 2028, ainda longe do pioneirismo que a japonesa mantém desde 2019.

Classificação Indicativa: Livre

Facebook Twitter WhatsApp