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Isenção ampliada do Imposto de Renda entra em vigor em 2026; entenda

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Nova regra beneficia quem ganha até R$ 5 mil por mês, reduz imposto para rendas intermediárias e muda o peso da tributação no contracheque  |   BNews SP - Divulgação Foto: Freepik
Érica Sena

por Érica Sena

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Publicado em 30/12/2025, às 10h31



A partir de janeiro de 2026, trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês deixarão de pagar Imposto de Renda. A mudança, prevista em nova lei do Governo do Brasil, altera diretamente o desconto feito no contracheque e deve aliviar o orçamento de milhões de famílias.

Na prática, quem está dentro desse limite não terá mais retenção do tributo sobre o salário mensal, como citado pelo site Itatiaia.

A reformulação também contempla quem ganha um pouco mais. Rendimentos entre R$ 5 mil e R$ 7.350 passam a contar com uma transição progressiva, em que o imposto é reduzido gradualmente. A partir de R$ 7.351, a cobrança segue as faixas tradicionais já em vigor, sem benefício adicional.

Alívio imediato no salário

Sem o desconto do Imposto de Renda na folha, o valor líquido recebido aumenta, criando margem para reorganizar despesas básicas, quitar dívidas ou investir em áreas como saúde e educação.

Segundo estimativas do governo, mais de 15 milhões de pessoas serão alcançadas: cerca de 10 milhões deixarão de pagar o imposto e outros 5 milhões terão redução no valor devido.

Declaração ainda pode ser obrigatória

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Apesar da isenção no pagamento mensal, isso não significa, automaticamente, dispensa da declaração do Imposto de Renda. Em 2026, por exemplo, a prestação de contas à Receita considera os rendimentos de 2025, quando a regra ainda não estava em vigor. Por isso, mesmo quem se enquadrar na nova faixa pode precisar declarar.

A partir de 2027, com um ano inteiro sob a nova política, a situação tende a ficar mais simples para quem vive apenas do salário até R$ 5 mil. Ainda assim, fatores como posse de imóveis, investimentos, recebimento de aluguel ou venda de bens podem manter a obrigação de declarar.

Ajuste no topo da renda

A reforma também atinge os rendimentos mais altos. Contribuintes que recebem acima de R$ 50 mil por mês passam a ter uma alíquota mínima efetiva que pode chegar a 10%, acima da média anterior de 2,5%. A medida alcança um grupo restrito e ajuda a compensar o alívio concedido às faixas menores.

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