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A volta do Honda Prelude foi celebrada no Salão do Automóvel de São Paulo, com expectativa elevada para sua chegada ao Brasil em 2026. No entanto, o início das vendas nos Estados Unidos gerou forte insatisfação entre consumidores.
De acordo com a Auto Mais TV, o preço sugerido pela Honda de 42 mil dólares, cerca de R$ 226 mil, rapidamente deixou de ser referência quando o modelo chegou às concessionárias.
Como cada loja estadunidense tem liberdade para cobrar o que quiser, abriu-se espaço para um cenário familiar a quem acompanha lançamentos cobiçados: o ágio. O chamado market adjustment elevou os valores a patamares que chocaram o público.
Consumidores relataram ter pago até US$ 59.345 por um Prelude que deveria custar US$ 42 mil. A justificativa incluía itens simples, como película, protetor de porta-malas, trava de roda, somados a quase US$ 15 mil de ajuste de mercado.
Outro anúncio circulou com preço de US$ 61.714; em um caso ainda mais extremo, uma concessionária da Califórnia pediu US$ 63.850 (cerca de R$ 343 mil), alegando que aquela unidade era “1 de 60” no estado.
Esses valores se aproximam (ou igualam) o preço de esportivos como Ford Mustang Dark Horse, Toyota GR Supra e até BMW M2.
A Auto Mais TV destaca que, mesmo configurado com todos os opcionais disponíveis no site da Honda, o Prelude não deveria passar de US$ 50.926 (aprox. R$ 274 mil). Ainda assim, lojas aumentaram o valor muito além de qualquer lógica comercial.
A polêmica levantou uma dúvida recorrente nas redes: “Por que não comprar em outra concessionária?”
A explicação é simples: o estoque inicial é reduzido, a demanda é alta e a prática do ágio domina o momento.
Especialistas recomendam aguardar: com mais unidades chegando e a euforia diminuindo, o preço tende a recuar. O que hoje sai por US$ 60 mil pode, em pouco tempo, cair para 44 ou 45 mil, quando o mercado finalmente estabilizar.
A Honda confirmou no Salão do Automóvel que o modelo virá para o Brasil e deve chegar no segundo semestre de 2026.
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