Polícia

Antes de Suzane: saiba quem é Andréia Amaral, que cometeu o mesmo crime nos anos 1990

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Antes de Suzane von Richthofen, o caso Andréia Amaral abalou Santos em 1994 e ficou escondido por décadas, apesar das semelhanças impressionantes  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/g1/Silvio Luiz/A Tribuna.
Bianca Novais

por Bianca Novais

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Publicado em 23/11/2025, às 10h51



O assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, em 2002, tornou-se um dos crimes mais famosos do país e foi abordado recentemente na série “Tremembé", da Prime Video.

Porém, segundo informações do g1, oito anos antes, em 1994, Santos já havia testemunhado uma história assustadoramente semelhante: Andréia Gomes Pereira do Amaral, então com 20 anos, também matou os pais.

Qual é o caso Andréia Amaral?

Assim como Suzane, Andréia era estudante de Direito na Universidade Católica de Santos, vinha de família de classe média alta, poupou o irmão mais novo e entregou a execução dos pais ao namorado - coincidências que ainda surpreendem especialistas e evidenciam um crime quase esquecido.

No caso de Andréia, seus pais, Antônio da Silva Amaral e Deolinda Gomes Pereira do Amaral, foram mortos após ela colocar um calmante nas bebidas deles. O namorado, um adolescente de 17 anos, recebeu o sinal da jovem e golpeou o casal várias vezes dentro do próprio triplex da família.

Após o crime, Andréia chegou a procurar a polícia afirmando que o pai havia matado a mãe e fugido, como foi noticiado por jornais locais na época. Um dia antes, ela havia emprestado o carro da família para que o namorado enterrasse os corpos às margens do Rio Casqueiro, em Cubatão (SP).

A farsa caiu em 3 de abril de 1994, quando o adolescente foi apreendido e confessou toda a trama.

A motivação nunca foi totalmente esclarecida. A jovem afirmou à polícia que considerava os pais “ruins” e que “se eles sumissem seria maravilhoso”.

Por que o caso Andréia Amaral não ficou famoso?

Caso de Suzane foi amplamente repercutido na mídia na época do crime e até hoje. Foto: Reprodução/TV Record.
Caso de Suzane foi amplamente repercutido na mídia na época do crime e até hoje. Foto: Reprodução/TV Record.

A história guarda semelhanças com o caso Richthofen, inclusive na participação dos namorados e no interesse deles por motos. Ainda assim, o crime de Andréia não ganhou grande repercussão.

Segundo o jornalista Ulisses Campbell, em entrevista ao podcast AchismosTV, fatores como localização, enredo, cobertura midiática e contexto social explicam por que algumas histórias se tornam notórias e outras permanecem invisíveis.

O que aconteceu com Andréia Amaral depois do crime?

Andréia foi condenada a 25 anos e dois meses, fugiu no benefício de saída temporária e acabou presa novamente por estelionato. O g1 também apurou que ela se casou em 2019 com um ex-namorado envolvido indiretamente no caso.

Suzane e os irmãos Cravinhos foram condenados a penas superiores a 38 anos e hoje cumprem regime aberto.

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