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Entre os dias 11 e 21 de novembro, Belém assumirá um papel histórico: será, simbolicamente, a capital do Brasil durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP30. A decisão foi aprovada pelo Congresso Nacional e autoriza a transferência simbólica da sede dos três Poderes — Executivo, Legislativo e Judiciário — de Brasília para a capital paraense.
O projeto, proposto pela deputada Duda Salabert (PDT-MG) e relatado por José Priante (MDB-PA), permite que atos e decisões oficiais do governo sejam registrados como “ocorridos em Belém” durante o período do evento.
A proposta foi aprovada pelo Senado em outubro e tem caráter simbólico, reforçando o protagonismo da Amazônia nas discussões globais sobre o clima.
Segundo Priante, a medida segue precedentes importantes. Em 1992, durante a Rio-92, o Rio de Janeiro também foi designado capital simbólica do país enquanto sediava a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. “A COP30 consolida o Brasil na vanguarda da diplomacia climática e ambiental”, afirmou o relator para a CNN.
Para a autora do projeto, Duda Salabert, o gesto vai além da simbologia: representa o reconhecimento da Amazônia como peça-chave na luta contra as mudanças climáticas. Belém, ao sediar o encontro, se torna o epicentro das negociações que definirão o futuro das políticas ambientais globais.
A COP30 deve reunir mais de 60 mil participantes, entre líderes mundiais, autoridades, cientistas e representantes da sociedade civil. Será o maior evento organizado pela ONU no Brasil desde a Rio-92, reforçando a relevância do país no debate ambiental internacional.
Durante os dez dias de conferência, Belém viverá um intenso intercâmbio de ideias, culturas e compromissos políticos. Espera-se que os acordos firmados ali tragam impactos concretos para o combate à crise climática e para o fortalecimento da imagem do Brasil como líder ambiental.
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