Polícia

Caso Ana Luiza: jovem que matou a vítima já havia envenenado outra garota com bolo

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Jovem confessou ter usado arsênico para envenenar duas meninas; crime que matou Ana Luiza foi motivado por ciúmes, diz a polícia  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Redes sociais
Marcela Guimarães

por Marcela Guimarães

Publicado em 03/06/2025, às 14h50



A Polícia Civil de São Paulo descobriu que a adolescente apreendida por envenenar e matar Ana Luiza de Oliveira Neves, de 17 anos, com um bolo de pote contaminado com arsênico, já havia envenenado outra jovem pelo menos duas semanas antes do crime.

A primeira vez aconteceu no dia 15 de maio, mais de duas semanas antes da morte de Ana Luiza. Os dois casos ocorreram em Itapecerica da Serra (SP).

A vítima, também de 17 anos, recebeu o mesmo tipo de presente: um bolo entregue por um motoboy. Ela consumiu o doce e passou mal, precisando ser levada ao hospital, mas conseguiu se recuperar do envenenamento e está bem.

A responsável pelo crime confessou ter contaminado o brigadeiro branco usado na cobertura do bolo de pote com arsênico, misturado ao leite condensado. Segundo as investigações, o veneno foi comprado por R$ 80 na internet e cada entrega custou R$ 5, feitas através de um aplicativo.

O doce que matou Ana Luiza foi entregue no último sábado (31), acompanhado de um bilhete com uma frase suspeita: “Um mimo para a garota mais linda que eu já vi”

A adolescente consumiu o doce por volta das 18h e, cerca de uma hora depois, começou a apresentar sintomas graves. Apesar de ter sido medicada, piorou no dia seguinte e não resistiu. Altamente tóxico, o arsênico pode levar à morte mesmo consumindo pouco.

O crime teria sido motivado por ciúmes. A acusada planejou a entrega com um motoboy, mas imagens de câmeras de segurança e mensagens facilitaram a identificação. Os doces haviam sido comprados de uma microempreendedora sem qualquer envolvimento com o crime.

A suspeita segue sob custódia e será acompanhada pela Vara da Infância e Juventude. Laudos periciais e toxicológicos estão sendo aguardados pela Polícia Civil para a conclusão do inquérito.

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