Polícia

Caso Juliana Marins: perícia médica revela causa da morte de jovem

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Especialista em legistas confirma ponto central da investigação e descarta causa até então considerada.  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Redes Sociais
Fernanda Montanha

por Fernanda Montanha

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Publicado em 27/06/2025, às 08h49



O médico legista responsável pela perícia no corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, descartou a possibilidade de que a jovem tenha agonizado por horas ou dias após sofrer uma queda no Monte Rinjani, na Indonésia. Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (27), no Hospital Bali Mandara, em Denpasar, o dr. Ida Bagus Putu Alit explicou que a morte ocorreu em um curto espaço de tempo após o impacto.

De acordo com o legista, os ferimentos causados pela queda foram severos e comprometeram órgãos vitais. Juliana sofreu um forte trauma nas costas, o que ocasionou lesões críticas na região torácica e provocou um intenso sangramento interno. O laudo aponta que os danos foram concentrados na parte posterior do tórax, afetando diretamente estruturas essenciais para a respiração.

“O óbito foi provocado por um trauma contundente, que gerou uma hemorragia significativa. Pelos sinais, estimamos que ela tenha falecido em até 20 minutos após o acidente”, afirmou Alit. Ele também comentou as especulações nas redes sociais sobre a possibilidade de Juliana ainda estar viva após a queda, destacando que vídeos não podem ser interpretados isoladamente: “Trabalhamos com dados clínicos e evidências, e não com suposições.”

Um ponto importante esclarecido pela equipe médica foi a ausência de indícios de hipotermia. Embora Juliana estivesse usando roupas leves (calça jeans, camiseta, tênis e luvas), consideradas inadequadas para as baixas temperaturas do local, não foram identificados sinais típicos de morte por frio, como necrose ou escurecimento nos dedos das mãos e dos pés. “Se a causa fosse exposição ao frio extremo, veríamos marcas claras nas extremidades do corpo, o que não ocorreu”, disse o legista.

Com a conclusão da análise forense, o corpo da jovem será liberado para repatriação com o apoio da Embaixada do Brasil na Indonésia. Juliana era natural de Niterói (RJ), e até o momento, a família não anunciou detalhes sobre o velório ou enterro.

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