Política
A Avenida Paulista voltou a receber um grande público neste domingo, 23 de novembro, durante um ato organizado pela União Nacional dos Estudantes. A mobilização ocorreu para marcar a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decisão que repercutiu em diferentes setores do país.
O ponto de encontro foi o vão do Masp, onde os primeiros participantes chegaram pouco depois do meio-dia, transformando a área em um espaço de celebração e protesto ao mesmo tempo.
A programação incluiu apresentação de samba, distribuição de espumante e a presença de um boneco inflável que fazia referência ao ex-presidente. Cartazes com críticas a Bolsonaro e mensagens de apoio ao Judiciário brasileiro também foram erguidos pelos participantes, reforçando o caráter simbólico da manifestação.
Segundo o Metrópoles, Bianca Borges, presidenta da UNE, discursou no início da tarde. Durante sua fala, ela afirmou que o encontro foi convocado para celebrar o que chamou de avanço da Justiça.
Em sua avaliação, o ato buscava refletir a resistência de parte da população, especialmente diante das acusações que cercam o ex-presidente. Para ela, a prisão representa um marco para setores que se sentiram afetados pelos episódios envolvendo Bolsonaro.
Enquanto o evento se desenrolava, manifestantes entoaram palavras de ordem contra o ex-presidente e destacaram apoio às decisões judiciais recentes. O clima permaneceu de festa, mesmo com o forte teor político das falas e dos materiais exibidos, mostrando como diferentes linguagens foram usadas para expressar posicionamentos.
Bolsonaro foi detido preventivamente na manhã de sábado, 22 de novembro. A medida foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após um pedido encaminhado pela Polícia Federal.
A corporação sustentou que havia risco de fuga, mencionando inclusive a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro em frente ao condomínio onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar, indicando preocupação com possíveis tentativas de descumprimento das regras.
A PF também relatou suspeitas de que Bolsonaro teria tentado violar a tornozeleira eletrônica que utilizava. O episódio ampliou a repercussão política e jurídica sobre o caso, gerando reações imediatas de apoiadores e críticos.
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