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Bolsonaro enfrenta nova crise de saúde e cancela evento do PL

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Após crises de soluço e vômito, ex-presidente afirma que não consegue falar e entra em repouso por orientação médica.  |   BNews SP - Divulgação
Fernanda Montanha

por Fernanda Montanha

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Publicado em 03/07/2025, às 06h00



O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comunicou nesta terça-feira (1º) o cancelamento de sua participação em um evento do PL no Distrito Federal, citando problemas de saúde. Segundo mensagem enviada a aliados, ele está enfrentando crises de soluço e episódios de vômito, o que o impede de se expressar verbalmente.

A ausência se deu no lançamento do programa PL60+, realizado na Câmara dos Deputados. Um dia antes, Bolsonaro também havia desistido de comparecer à sede do partido, onde estava previsto um encontro com parlamentares, por orientação médica.

Inicialmente, o ex-presidente havia mantido compromissos previstos para os dias 4 e 5 de julho em Balneário Camboriú e Florianópolis (SC). No entanto, algumas horas depois, foi divulgado um novo comunicado informando que ele ficará em repouso durante todo o mês de julho. A decisão foi tomada com base na avaliação dos médicos Claudio Birolini e Leandro Echenique.

“Informamos que Jair Messias Bolsonaro deverá permanecer em repouso domiciliar ao longo de julho, a fim de se recuperar totalmente após uma cirurgia extensa, internação prolongada, um quadro de pneumonia e crises constantes de soluço, que prejudicam sua fala e alimentação”, informou a nota assinada pelos médicos.

Em abril, Bolsonaro foi submetido à sexta e mais demorada cirurgia abdominal desde o atentado que sofreu em 2018, durante sua campanha presidencial. A operação durou cerca de 12 horas. Desde então, ele vem enfrentando episódios recorrentes de desconforto abdominal e soluços.

O estado de saúde do ex-presidente teria se agravado após sua participação, no último domingo (29), em um ato político na Avenida Paulista. Segundo o Monitor do Debate Político do Cebrap, a manifestação reuniu cerca de 12,4 mil pessoas, número significativamente menor em comparação a eventos anteriores, como os 44,9 mil presentes em abril ou os 185 mil registrados em fevereiro de 2023.

Aliados de Bolsonaro se dividiram entre críticas à organização do evento e acusações de deslealdade de figuras próximas que não compareceram à manifestação.

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