Política

Brasil vai trocar ônibus por trem em 6 rotas: veja onde os trilhos serão reativados

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Seis novas rotas regionais vão aproveitar trilhos abandonados e integrar transporte ferroviário a ônibus e metrôs, buscando modernizar a mobilidade urbana e intermunicipal até 2025.  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Tânia Rêgo/Agência Brasil
Fernanda Montanha

por Fernanda Montanha

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Publicado em 17/06/2025, às 09h12



O governo federal deu início a um projeto ambicioso de retomada do transporte ferroviário de passageiros entre cidades, com a criação de seis novos trajetos regionais. A proposta integra o Novo PAC e tem como foco reutilizar trechos ferroviários atualmente desativados, promovendo maior conectividade entre áreas metropolitanas.

Essas futuras rotas devem se conectar com sistemas locais de mobilidade, como ônibus, metrôs e VLTs, formando uma malha de transporte integrada e mais eficiente. A intenção é oferecer uma alternativa ao trânsito rodoviário, aliviar congestionamentos e reduzir custos logísticos.

As linhas previstas ligarão Brasília a Luziânia (GO), Londrina a Maringá (PR), Pelotas a Rio Grande (RS), Salvador a Feira de Santana (BA), Fortaleza a Sobral (CE), e São Luís a Itapecuru Mirim (MA). O modelo em análise é similar ao Trem Intercidades de São Paulo, segundo o secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro.

Os projetos serão viabilizados por meio de parcerias público-privadas (PPPs), com previsão de apresentação oficial até outubro de 2025. Parte significativa da infraestrutura já existente será aproveitada, como a Malha Paulista, atualmente utilizada para transporte de cargas por empresas concessionárias.

O Ministério dos Transportes estima que cerca de R$ 600 milhões serão mobilizados inicialmente, a partir das concessões já firmadas. Estudos de viabilidade, impacto social e econômico estão em andamento e incluem consultas públicas e elaboração de editais.

Hoje, o país conta apenas com duas linhas regulares de passageiros: Vitória–Minas e Carajás, ambas geridas pela Vale. A meta do Novo PAC é expandir esse cenário, destinando R$ 94 bilhões ao setor ferroviário até 2026.

Além de promover integração regional, a reativação das linhas deve impulsionar a indústria ferroviária nacional, gerar empregos e fomentar o turismo local. Com as obras, haverá demanda por reabilitação de trilhos, construção de estações e aquisição de trens, movimentando diversos setores da economia.

Com essa iniciativa, o Brasil pode iniciar uma nova fase no transporte entre cidades, e talvez, recolocar o trem no lugar de destaque que um dia ocupou antes da hegemonia dos ônibus.

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