Política
por Marcela Guimarães
Publicado em 13/09/2025, às 11h30
O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu pena de 27 anos e três meses de prisão em regime inicial fechado.
A decisão foi tomada na última quinta-feira (11) com a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) concluindo o julgamento da ação penal que investigava o plano golpista.
Com isso, ele passa a fazer parte da lista de ex-presidentes brasileiros que já tiveram passagem pela prisão desde a redemocratização.
Fernando Collor, Michel Temer e Luiz Inácio Lula da Silva também enfrentaram situações semelhantes em algum momento de suas trajetórias políticas. As apurações foram feitas pelo jornal O Globo.
Atualmente, Bolsonaro está em prisão domiciliar, medida autorizada no início de agosto após descumprir determinações judiciais.
Quando a condenação transitar em julgado (ou seja, não houver mais recursos disponíveis), ele poderá ser transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda ou para o Comando Militar do Planalto.
Outra possibilidade é a defesa solicitar que ele permaneça em prisão domiciliar, alegando fragilidade em seu estado de saúde.
Hoje, o ex-presidente também vive em regime domiciliar. Ele foi preso no fim de abril de 2025 por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e chegou a passar uma semana no presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL).
Condenado a oito anos e dez meses em regime fechado, conseguiu a conversão para prisão domiciliar por conta da idade avançada e problemas de saúde.
Cumpre a pena em um apartamento duplex de 600 m², de frente para o mar, com piscina, bar e quatro suítes, localizado na orla da capital alagoana.
O atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpriu pena em Curitiba, na Superintendência Regional da Polícia Federal do Paraná.
Foi preso em abril de 2018 após receber a condenação de oito anos e dez meses no âmbito da Operação Lava Jato.
Na época, Lula ficou em uma cela de 15 m² isolada de outros presos e vigiada 24 horas por dia. O espaço contava com cama de solteiro, armário, janela com vista para o corredor e banheiro privativo.
Temer, por sua vez, teve a primeira prisão decretada em 2019, três meses depois de encerrar o mandato e passar a faixa presidencial para Bolsonaro.
As investigações apontavam envolvimento em corrupção e recebimento de propinas na Eletronuclear.
Ele passou quatro dias na Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro em uma sala que contava com cama, ar-condicionado e banheiro, até ser liberado por habeas corpus.
Em maio de 2025, foi novamente preso, desta vez em São Paulo, em uma cela parecida com a anterior. Permaneceu detido por apenas uma semana e foi solto. Hoje, responde ao processo em liberdade.
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