Política

Descubra hábito perigoso de quase metade dos motociclistas em SP

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Estudo da Johns Hopkins em parceria com a USP mostra crescimento da velocidade excessiva entre motos na capital paulista.  |   BNews SP - Divulgação Reprodução/Unsplash
Caroline Leal

por Caroline Leal

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Publicado em 05/10/2025, às 05h00



Uma pesquisa realizada pela Universidade Johns Hopkins, em parceria com a USP, revelou que cerca de 43% dos motociclistas em São Paulo trafegam acima da velocidade permitida, o maior índice registrado desde 2021.

O levantamento, feito em novembro do ano passado, observou 83.880 veículos em diversas vias da cidade, analisando fatores como velocidade, uso de capacete e dispositivos de segurança para crianças.

O que estudo diz?

O estudo aponta que, enquanto apenas 6% de carros e caminhões excedem o limite, a imprudência das motos chama atenção.

A avenida Francisco Morato, na zona oeste, apresentou o maior percentual de excesso de velocidade entre os veículos analisados, seguida pela Jornalista Roberto Marinho.

A velocidade média das motocicletas também se destacou: 47 km/h, acima da média de carros e caminhões.

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) afirma que a fiscalização é contínua, com radares fixos, lombadas eletrônicas e agentes em campo.

Mesmo assim, as características das motos dificultam a fiscalização: placas apenas na traseira e facilidade de burlar radares contribuem para o aumento das infrações.

Entre janeiro e agosto de 2025, a CET aplicou cerca de 314 mil multas por excesso de velocidade a motociclistas, número superior ao de anos anteriores.

Especialistas, como Mariana Novaski, da Iniciativa Bloomberg para Segurança Viária Global, destacam que o crescimento da frota quase 1,4 milhão de motos na capital e a pressão das entregas rápidas influenciam o comportamento arriscado.

Ela sugere medidas como redutores de velocidade, vias mais estreitas e maior presença de agentes, além de modernização de radares.

O levantamento também mostrou outros pontos críticos: apenas 17% dos passageiros do banco traseiro usam cinto de segurança e 18% das crianças entre 5 e 11 anos não utilizam dispositivos adequados.

A imprudência nas ruas torna a educação no trânsito e a fiscalização ainda mais essenciais para reduzir acidentes e salvar vidas.

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