Política

Até 11 questões do Enem 2025 são apontadas como suspeitas de vazamento; veja

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Materiais atribuídos a estudante de medicina trouxeram perguntas muito semelhantes às da prova oficial; PF investiga possível fraude  |   BNews SP - Divulgação Foto: Divulgação/Inep
Érica Sena

por Érica Sena

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Publicado em 26/11/2025, às 17h11 - Atualizado às 17h15



A suspeita de vazamento que envolve o ENEM 2025 ganhou força após circularem nas redes sociais apostilas e listas atribuídas ao estudante de medicina Edcley Teixeira.

Essas supostas versões antecipadas da prova, divulgadas dias antes da aplicação oficial, incluem ao menos 11 questões apontadas como similares às usadas no exame, entre os dias 9 e 16 de novembro.

Vazamento e repercussão imediata

Diante das denúncias, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) decidiu pela anulação imediata de três questões após identificar “semelhanças pontuais” entre os conteúdos vazados e os itens aplicados.

A estatal também acionou a Polícia Federal (PF) para investigar o caso, instaurando procedimento para apurar autoria e eventual divulgação indevida de material sigiloso.

Quais são as questões contestadas

Embora o Inep tenha confirmado apenas três anulações até agora, circula uma lista amplificada com 11 questões sob suspeita de ter sido vazadas. Entre elas estão:

Área / Prova Questões apontadas
Matemática 137, 168 (anulada), 172, 153
Ciências da Natureza 135 (anulada), 132 (anulada), 148, 97, 103
Linguagens 14
Ciências Humanas 57

No entanto, e é um ponto fundamental, o Inep afirma que nenhuma das questões suspeitas vazadas estava necessariamente em uso para o exame, e que a anulação vale apenas para os itens em que a similaridade foi suficientemente comprovada.

Defesa do suspeito e panorama da investigação

Edcley Teixeira, em entrevista concedida ao programa “Fantástico”, negou ter vazado a prova. Ele assegurou que as questões que divulgou foram extraídas de um concurso pré-vio do CAPES, e que a semelhança com o ENEM seria mera coincidência.

A PF já requisitou os registros de lives, grupos de WhatsApp e demais canais usados para divulgar os conteúdos como parte da apuração, como citado pelo site o Globo.

A investigação ainda está em curso e os resultados influenciam não apenas no futuro do estudante, mas na validade e credibilidade do exame como um todo.

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