Política
por Isabela Fernandes
Publicado em 16/05/2025, às 11h54
Na quinta-feira (15), os governos de São Paulo e federal lançaram um pacote conjunto de ações voltadas à Favela do Moinho, localizada na região central da capital paulista. O objetivo é reassentar as famílias que vivem no local em condições precárias, com acesso a moradias seguras e dignas.
O auxílio-aluguel, que antes era de R$ 800, passará a ser de R$ 1.200, com o apoio também da Prefeitura de São Paulo. Além disso, o governo estadual e a União vão destinar até R$ 250 mil por residência para construção ou aquisição de imóveis por meio dos programas Minha Casa, Minha Vida e Casa Paulista.
Atualmente, a Favela do Moinho abriga 854 famílias. Dessas, 757 (89%) já aceitaram participar do plano de reassentamento, que está sendo coordenado pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU). Um total de 609 famílias está apto para assinar contrato e mudar assim que as novas moradias forem entregues.
Segundo o governo, foram disponibilizadas 25 opções de empreendimentos para os moradores escolherem onde viver. Há mais de 1 mil unidades habitacionais na região central, em bairros como Campos Elíseos, Barra Funda, Vila Buarque e Brás, além de outras 499 unidades em diferentes partes da cidade. Quem quiser pode optar por moradias em qualquer cidade do Estado de São Paulo.
Duas formas principais estão sendo utilizadas para viabilizar as mudanças: a Carta de Crédito Associativa (CCA), voltada a projetos já licenciados ou em andamento, e a Carta de Crédito Individual, que permite que a família indique um imóvel, sujeito à avaliação e aprovação da CDHU. Os imóveis têm limite de valor de R$ 250 mil no centro e R$ 200 mil fora dele.
Enquanto aguardam a finalização das novas moradias, as famílias recebem auxílio mudança de R$ 2.400 e continuam com o novo valor do auxílio-aluguel. O governo informa que as prestações para quem adquirir os imóveis não terão juros, desde que a renda familiar não ultrapasse cinco salários mínimos. Famílias com renda de até um salário mínimo podem receber até 70% de subsídio sobre o valor do imóvel.
Todo o processo teve início com um mapeamento completo da Favela do Moinho, feito pela CDHU em parceria com lideranças comunitárias, a Defensoria Pública, a Prefeitura e outros órgãos. Um escritório foi montado próximo ao local, na Rua Barão de Limeira, para dar apoio às famílias, esclarecer dúvidas e apresentar as opções de habitação. Desde então, foram feitos mais de 2 mil atendimentos individuais.
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