São Paulo vai pagar ciclistas para usarem a bicicleta; entenda

Cilcistas da cidade de São Paulo podem ser pagos para andarem de bicicleta na capital. Essa é a proposta de um projeto-piloto inédito conduzido por pesquisadores do Instituto de Matemática e Estatística da USP (IME-USP) e do FGV Cidades.

A ideia é oferecer créditos no Bilhete Único para moradores que usarem a bicicleta em seus deslocamentos diários. A pesquisa busca avaliar o impacto de incentivos financeiros sobre o comportamento de mobilidade urbana e contribuir para a formulação de políticas públicas baseadas em evidências.

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O piloto foi desenhado para ajudar a prefeitura a definir questões centrais para a implementação definitiva do programa Bike SP, como o valor ideal a ser pago por quilômetro pedalado e quais perfis sociais devem ser priorizados na política pública.

Vale lembrar que o programa foi criado pela Lei Municipal 16.547/2016, que estabeleceu a possibilidade de remunerar ciclistas como forma de estimular a mobilidade ativa e reduzir o uso de transporte motorizado. A política, no entanto, nunca foi regulamentada nem implementada de fato, e, até agora, não havia sido testada em larga escala.

O projeto prevê a participação de cerca de mil pessoas, que podem se inscrever até 30 de junho neste link. Qualquer cidadão maior de idade, morador da cidade de São Paulo, que tenha uma bicicleta, um Bilhete Único ativo e consiga pedalar pode se inscrever.

Após a conclusão de um minicurso gratuito e obrigatório sobre segurança no trânsito, os aprovados serão informados por email.

Como vai funcionar o projeto?

A partir de julho, os participantes selecionados deverão baixar o aplicativo Bike SP —disponível apenas para celulares Android — e registrar seus deslocamentos entre endereços previamente cadastrados.

O experimento começa de fato em agosto: até duas viagens por dia poderão gerar créditos no Bilhete Único, a serem creditados diretamente no cartão e validados nas máquinas de recarga física já disponíveis em terminais e estações de transporte público.

O piloto ajuda a cidade de São Paulo a bater as metas previstas no Plano de Ação Climática do Município de São Paulo 2020-2050. Hoje, a região já conta com a maior rede dedicada aos ciclistas do Brasil, com mais de 770 km. A expectativa é quintuplicar o número de ciclistas nas ruas até 2030.