Política

Projeto da Linha 20-Rosa preocupa moradores dos Jardins; veja o que se sabe

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Publicação contra o traçado da Linha 20-Rosa gerou repercussão e debate sobre mobilidade, urbanização e interesses imobiliários  |   BNews SP - Divulgação Foto: Reprodução/Google Earth
Érica Sena

por Érica Sena

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Publicado em 10/11/2025, às 14h03



O Coletivo Jardins, grupo de moradores da zona oeste de São Paulo, publicou nas redes sociais críticas ao projeto da Linha 20-Rosa do Metrô, que deve ligar o ABC Paulista à capital.

No texto, o grupo afirmou ter “preocupações ambientais e sociais” com a construção da linha, apontando risco de “verticalização, gentrificação e supressão da cobertura verde” na região, como citado pelo site Metrópoles.

Reação nas redes sociais

A publicação rapidamente viralizou e recebeu uma enxurrada de críticas. Usuários acusaram o coletivo de mascarar preconceito e elitismo sob o discurso ambiental.

Alguns comentários apontaram que o verdadeiro incômodo seria a aproximação de pessoas de outras áreas da cidade de São Paulo.

“Reforço de segregação urbana disfarçado de preocupação ambiental”, escreveu um internauta. Outros usuários foram mais diretos: “Traduzindo o Coletivo Jardins: não queremos esses pobres que andam de metrô no nosso bairro”.

Metrô de São Paulo
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

A resposta do coletivo

Diante das críticas, o grupo afirmou que o traçado da Linha 20 deveria priorizar regiões com maior demanda de transporte, como a Avenida Faria Lima.

Segundo o coletivo, o projeto atual favoreceria “interesses do mercado imobiliário” e não atenderia à população trabalhadora, como citado pelo site Metrópoles.

O que diz o Metrô

Em nota oficial, o Metrô negou qualquer alteração no traçado. A empresa afirmou que os estudos técnicos indicaram o caminho mais viável, com conexões previstas às linhas 4-Amarela e 22-Marrom.

A companhia reforçou que a futura linha deve beneficiar mais de 1,3 milhão de pessoas por dia, ampliando a integração entre o ABC e a capital.

Desdobramentos do caso

O confronto entre moradia, meio ambiente e mobilidade segue aberto. Especialistas ouvidos pedem diálogo técnico e participação ampla para conciliar demandas urbanísticas com a necessidade de transporte de massa.

Observadores também destacam a importância de avaliações de impacto ambiental detalhadas e de garantias de políticas de habitação que evitem deslocamentos forçados e preservem o acesso ao transporte para os mais vulneráveis.

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