Política
por Isabela Fernandes
Publicado em 30/04/2025, às 12h01
O governo do estado de São Paulo pretende se desfazer de áreas rurais que estão sem nenhuma utilização prática. A iniciativa foi apresentada pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) na terça-feira (29).
A medida busca transformar propriedades ociosas em receita para os cofres públicos, com expectativa de arrecadação superior a R$ 1 bilhão. Segundo ele, não faz sentido o Estado continuar responsável por imóveis improdutivos.
Apesar disso, o governador garantiu que áreas destinadas à pesquisa científica continuarão sob controle do Estado. Ele garantiu, por exemplo, que a Fazenda Santa Elisa, localizada em Campinas e considerada essencial para a pesquisa do café, não será incluída nas vendas. A fazenda abriga um dos mais relevantes bancos de variedades de café do Brasil e é utilizada para pesquisa agrícola.
"A gente vai vender aquilo que de fato for ocioso, aquilo que está sendo usado em pesquisa nós não vamos mexer. Nós não temos interesse. Então, esquece que a gente vai vender a Fazenda Santa Elisa, não vai." Afirmou ele durante discurso.
O governador também anunciou um pacote de investimentos no setor agropecuário, no valor de mais de R$ 600 milhões, liderado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento. O objetivo é fortalecer o campo com crédito rural, modernização da infraestrutura, incentivo à sustentabilidade e apoio às cadeias produtivas locais.
O programa inclui ações como seguro rural, financiamento para pequenos e médios produtores, aquisição de maquinário agrícola, além de melhorias em logística rural.
A expectativa do governo é impulsionar a produção agropecuária no estado, garantindo mais competitividade e segurança ao setor rural.
Em fevereiro, o governador anunciou o pacote Nosso Agro Tem Força, que inclui investimentos nas estradas rurais, maquinários, além de incentivos fiscais de 17 cadeias produtivas.
O pacote de medidas soma cerca de R$ 200 milhões em investimentos. Destes, R$ 145 milhões serão destinados à recuperação de estradas rurais, como parte do programa Logística Rural.
O programa prevê também a construção de um centro de distribuição e comercialização de produtos agrícolas com investimento de R$ 10 milhões, para melhorar a infraestrutura de escoamento da produção nas áreas rurais.
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