Política
por Camila Lutfi
Publicado em 30/05/2025, às 18h59
O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pretende prender 3 mil imigrantes irregulares todos os dias, chegando a 1 milhão de prisões anualmente. A orientação teria sido feita ao ICE (Serviço de Alfândega e Imigração dos EUA, na sigla em inglês), responsável pela busca e apreensão dos estrangeiros ilegais.
A informação foi publicada pelo jornal americano Axios e confirmada pelo The Guardian e Bloomberg. Segundo os veículos, uma fonte anônima familiarizada com as discussões relatou que a orientação foi transmitida pelo conselheiro sênior de Trump, Stephen Miller, e pela secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, em reunião recente.
Além disso, o tom da discussão deixou alguns altos funcionários preocupados com a possibilidade de serem demitidos ou realocados caso as metas não fossem cumpridas, segundo a fonte.
A porta-voz da Casa Branca, Abigail Jackson, afirmou em comunicado ao The Independent na última quarta-feira (28) que os EUA estão comprometidos em “remover imigrantes ilegais dos Estados Unidos de forma agressiva e eficiente, e em garantir que nossos agentes da lei tenham os recursos necessários para isso”. “A segurança do povo americano depende disso”, acrescentou Jackson.
Em complemento, o Departamento de Segurança Interna declarou que está cumprindo a iniciativa do presidente Trump de “prender e deportar imigrantes ilegais criminosos e tornar a América segura”.
Donald Trump assumiu a presidência dos EUA em janeiro deste ano. Em 100 dias de mandato, o ICE informou ter deportado cerca de 65 mil pessoas, uma média de 650 pessoas por dia.
Para viabilizar o aumento das detenções, o governo expandiu no início deste ano o programa que delega a policiais estaduais e locais realizarem prisões relacionadas a imigrantes ilegais. Além disso, o ICE informou que as ofertas de contrato podem alcançar US$ 45 bilhões — o equivalente a R$ 256,8 bilhões — para ampliar a capacidade de centros de detenção.
No que se refere às travessias de fronteira, as atividades caíram a níveis não vistos desde a década de 1960. De acordo com os veículos, o governo Trump enviou milhares de militares para a fronteira sudoeste.
*Com informações do jornal O Globo
Classificação Indicativa: Livre