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Publicado em 10/12/2025, às 13h59 Foto: Wikimedia Commons Nathalia Quiereguini
O 3I/ATLAS foi descoberto em 1º de julho de 2025 pelo telescópio ATLAS, no Chile, e se destacou logo de início por um detalhe importante: ele não nasceu no nosso Sistema Solar.
A trajetória hiperbólica observada pelos astrônomos confirma que se trata de um objeto interestelar, um viajante que apenas atravessa nossa região antes de desaparecer novamente no espaço profundo.
Por isso, sua passagem agora é considerada uma oportunidade única de estudo.
Segundo matéria da CNN Brasil, o 3I/ATLAS atingirá sua maior aproximação com a Terra no dia 19 de dezembro de 2025.
Mesmo assim, estará a uma distância grande: cerca de 270 milhões de quilômetros, equivalente a 1,8 unidade astronômica.
Ou seja, quase o dobro da distância entre a Terra e o Sol. Essa posição distante elimina qualquer possibilidade de risco ao planeta é um fenômeno seguro e puramente observacional.
Um dos pontos mais comentados é a recente detecção de sinais de rádio vindos do cometa. Radiotelescópios identificaram linhas de absorção relacionadas a radicais de hidroxila, moléculas liberadas quando o gelo começa a sublimar conforme o objeto se aproxima do Sol.
Essa observação é inédita para um corpo interestelar e abre novas portas para pesquisas sobre sua composição.
O cometa passou pelo periélio no fim de outubro de 2025, quando chegou ao ponto mais próximo do Sol, a cerca de 1,4 unidade astronômica.
Nesse momento, a liberação de gases aumentou, permitindo análises mais detalhadas sobre a “coma” que envolve o objeto, algo essencial para comparar sua química com a de cometas que se formaram aqui.
Segundo o texto, o 3I/ATLAS possui uma órbita aberta, o que significa que não voltará ao Sistema Solar. Depois da aproximação de dezembro, ele seguirá rumo ao espaço interestelar.
Mesmo nesse momento especial, o cometa não será visível a olho nu, exigindo o uso de instrumentos astronômicos para observação.
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