Polícia
Publicado em 15/09/2025, às 11h35 Foto: Reprodução/TV Globo Marcela Guimarães
Na última sexta-feira (12), o perito Cláudio da Silva Cordeiro realizou uma nova análise grafotécnica que levantou suspeitas de uma falsificação em documentos trabalhistas relacionados a Cid Moreira, ex-apresentador do Jornal Nacional.
De acordo com informações publicadas pelo Portal Leo Dias, a perícia sugere que as assinaturas encontradas nos papéis teriam sido falsificadas ou reproduzidas de forma irregular.
O exame incluiu três documentos: o aviso prévio, a anotação de desligamento na carteira de trabalho e o termo de rescisão contratual.
O especialista destacou que todas as assinaturas apresentaram divergências em relação ao padrão de Cid Moreira, incluindo quebras de ritmo, rigidez, tremores artificiais e pressão irregular.
No aviso prévio, foram observadas diferenças de inclinação, força aplicada e velocidade de execução.
Na carteira de trabalho, as falhas aconteceram no espaçamento e no ângulo dos traços. Já no termo de rescisão, a inconsistência ficou clara no modo de execução da assinatura.
As assinaturas apostas nos documentos Aviso Prévio, Carteira de Trabalho e Termo de Rescisão apresentam divergências significativas em relação ao padrão gráfico do(a) Reclamante, não sendo possível atribuir-lhe, com segurança técnica, a autoria delas”.
A perícia também aponta que Cid Moreira não tinha conhecimento da demissão do ex-funcionário Manuel Francisco de Lima.
Um áudio anexado ao processo reforça a afirmação. Nele, Manuel afirma: “Eu acho que ele nem sabia que eu já tinha sido mandado embora, sabia? Acho que ele até pensa que eu pedi para sair”.
O material foi incluído como indício contra a ex-esposa do jornalista, Maria de Fátima Sampaio Moreira, apontada como responsável direta pela demissão do apresentador.
Outro ponto destacado por Manuel é que o caso ocorreu enquanto ele estava afastado pelo INSS, período em que o trabalhador tem direito à estabilidade.
Ao finalizar o trabalho, o perito classificou os resultados como “um conjunto robusto de evidências”.
De acordo com ele, documentos, depoimentos e análises indicam interferência de terceiros no processo de rescisão sem o conhecimento ou a autorização de Cid Moreira.
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