Entretenimento
A promessa da TV 3.0 é transformar a experiência do telespectador. A tecnologia inclui imagens em 4K e 8K, além de suporte a HDR (High Dynamic Range), que amplia o contraste e traz cores mais realistas. O áudio também avança com o MPEG-H, capaz de criar sensação de profundidade e direção dos sons.
Outro diferencial está na combinação do sinal de TV com recursos digitais. Será possível acessar conteúdos extras, votações em tempo real, replays de programas e até publicidade personalizada. A transmissão adota ainda a técnica MIMO (Multiple Input, Multiple Output), que melhora a recepção em ambientes internos e amplia a estabilidade do sinal.
A TV 3.0 representa um marco na comunicação digital brasileira.
A operação das estações piloto faz parte do Projeto de Aceleração da DTV+, conduzido pela Seja Digital em parceria com o Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD). A iniciativa conta com a participação de emissoras públicas e privadas, fabricantes de equipamentos e instituições de ensino.
Segundo Antonio Martelletto, CEO da Seja Digital, o papel da entidade é conduzir a transição tecnológica. Gunnar Bedicks, CTO da instituição, destacou que mais de 50 fornecedores já estão envolvidos no ecossistema que sustenta o novo padrão de TV aberta.
Criada em 2015, a Seja Digital já liderou a migração da TV analógica para a digital, liberando a faixa de 700 MHz para a expansão do 4G. Em 2024, por decisão do GIRED — grupo coordenado pela Anatel e que inclui radiodifusores, operadoras e o Ministério das Comunicações — a entidade assumiu também a aceleração da TV 3.0.
A primeira demonstração aberta ao público ocorrerá durante a SET EXPO 2025, em São Paulo. Até lá, as transmissões da DTV+ continuarão em caráter experimental, preparando o terreno para um novo capítulo da televisão brasileira, segundo a TeleSíntese.
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